No mês de novembro e
início de dezembro os alunos do sétimo ano da professora Sueli estudaram
principalmente dois capítulos do livro didático. O primeiro: “A conquista e
administração da América Portuguesa” que aborda a chegada dos portugueses ao
Brasil, o fato de não encontrarem ouro em primeiro momento, explorando então
outros “elementos” do território brasileiro como a mão de obra indígena e o
pau-brasil e praticando o “escambo”; os cuidados com o território; capitanias
hereditárias; Governo-geral; chegada dos jesuítas e câmaras municipais.
O último capítulo
chama-se: “A produção açucareira e outras atividades econômicas”. O título é
bastante autoexplicativo. O capítulo refere-se, portanto, a economia
monocultora e de exportação realizada com a cana de açúcar; a escravização dos
africanos; questões relacionadas ao tráfico negreiro, às condições dos navios
em que os negros eram transportados, as mazelas e violências a que estavam
submetidos tanto ao longo do caminho como já no Brasil, etc.; Mais adiante
aborda a presença, os feitos e a expulsão dos holandeses do Brasil e, por
ultimo outras atividades econômicas praticadas, como diz no título do capítulo,
afinal o Brasil não vivia só de açúcar.
De certo modo ambos os
capítulos abordam a temática da escravidão no Brasil, inicialmente dos índios
quando os portugueses desembarcaram no Brasil e não encontraram ouro,
explorando então outros “elementos” do território brasileiro e praticando o
“escambo” e posteriormente dos africanos com os engenhos de açúcar, por esta
abrangência este foi o tema estabelecido para desenvolver atividade. A
mineração será abordada no ano seguinte.
Por este motivo a
temática estabelecida para o desenvolvimento de atividade para o mês de
novembro e inicio de dezembro foi escravidão. Quanto ao caminho da África à
América, as condições do navio, as mazelas que eram sujeitados, a venda de
escravos, a violência com os mesmos e algumas outras questões os alunos já
tiveram contato ao assistir o filme passado no mês de Outubro, como já foi
relatado, então concentraremos a atividade na parte do engenho de açúcar que é
um conteúdo novo para eles.
Primeiramente
o trabalho com este conteúdo existe pela relevância que há em estudarmos os
povos que somos descendentes (como índios e negros) e transmitir aos alunos
este aspecto múltiplo da sociedade brasileira, mas também, sobretudo, por ser
uma exigência do CBC e PCN’s.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
Os alunos demonstraram
maior empenho em realizar atividades mais dinâmicas e certa resistência com
trabalhos escritos. Quanto aos últimos, há alunos que não fazem ou fazem sem
interesse, ao passo que com atividades mais dinâmicas ocorre o contrário.
Levando em consideração este aspecto e o de que o PIBID deve proporcionar ao
professor e alunos este suporte de apresentar atividades complementares,
diferentes do dia-a-dia, que desperte atenção e interesse e tendo em vista
também a faixa etária dos alunos que é aproximadamente 12 anos segue a proposta
de atividade para a temática estabelecida.
Primeiramente
os alunos estudarão o capítulo 12 do livro didático para então situar-se no
“momento” e entenderem como era dada a “conquista” e realizada a administração
da América Portuguesa. Após compreenderem estas questões e serem capazes de
situar-se no tempo abordado aplicaremos uma atividade concernente ao capítulo
seguinte (13) do livro didático que será sobre engenho de açúcar.
Esta
atividade compreenderá na realização de uma maquete (feita em casa) que exponha
os principais elementos de um engenho de açúcar da época, como traz na página
212 do livro. Anteriormente a confecção desta maquete os alunos terão uma aula
expositiva que abordará os principais tópicos quanto ao trabalho escravo nestes
engenhos e a própria estrutura e funcionamento do engenho em si, portanto,
terão carga teórica e o apoio do livro que traz todas estas questões que serão
pedidas e explicadas. Além disto, ao longo das aulas os alunos receberam
constantemente orientações e puderam tirar dúvidas quanto a confecção das
maquetes.
O grupo apresentará a
sua maquete aos demais, explicando cada elemento colocado (Casa-grande,
senzala, capela, lavoura de subsistência, etc.). Os alunos tiveram a
possibilidade de representar um engenho completo ou somente alguns elementos
que o compõe, mas é obrigatório que todos os alunos apresentem um elemento de
sua maquete. Ou seja, se o seu grupo tem 5 pessoas a sua maquete tem que ter
pelo menos 5 elementos. Estes “elementos” encontram-se ao longo do capítulo 13
do livro didático. Além disto, podem pesquisar na internet imagens sobre
maquetes de engenho de açúcar para visualizarem melhor. O trabalho em grupo
também faz parte da avaliação do trabalho final, portanto, se algum aluno se
sentiu prejudicado por causa do grupo que não o ajudou, ele poderia ser
recolocado em outro grupo, para que o trabalho não ficasse sobrecarregado para
somente uma pessoa.
INSTRUÇÕES PARA A MAQUETE:
Com base no capítulo 13 do livro, EM GRUPO, façam uma maquete que
represente um engenho de açúcar e se preparem para apresentar seu trabalho
para a turma.
Vocês podem representar um engenho
completo ou somente alguns elementos que o compõe, mas é obrigatório que
todos os alunos apresentem um elemento de sua maquete. Ou seja, se o seu
grupo tem 5 pessoas a sua maquete tem que ter pelo menos 5 elementos. Estes
“elementos” encontram-se ao longo do capítulo 13 do livro didático. Além
disto, podem pesquisar na internet imagens sobre maquetes de engenho de açúcar
para visualizarem melhor.
Dica: Usem caixas de diversos tamanhos
para confeccionar a Casa-Grande e a Senzala. Lembre-se que a Casa-Grande
costumava ter escadas, portas e janelas grandes. Um elemento que não há
explicitamente no livro, mas que é fácil e fazer e vocês podem deixar o
trabalho mais completo é o “tronco” onde os negros eram castigados, coloquem
bonequinhos representando escravos e senhores de engenho, há diversas
possibilidades!
USEM A CRIATIVIDADE E CAPRICHEM!
Valor: 5 pontos
Data de entrega: 702: Dias 21 e 28 /
703: Dias 20 e 22
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Devido
à semana de provas e ao atraso dos próprios alunos em entregarem os trabalhos
nos dias marcados estas datas sofreram modificações e a estrega das maquetes se
deu nos dias 27 e 28 de dezembro. As mesmas foram expostas no corredor da
escola durante a exposição das atividades realizadas pelo PIBID ao longo dos
dias 3, 4 e 5 de dezembro, a fim de democratizar com os demais o nosso
trabalho.
RESULTADOS
O
resultado alcançado com a atividade da maquete foi muito bom. No final do ano
os alunos se dedicam mais a matérias que estão precisando de notas ou quase
reprovados (que não é o caso de História), tendo em vista isto optamos por uma
metodologia que despertasse a atenção dos alunos e os fizessem estudar História
mesmo sem estarem precisando demasiadamente de nota e praticamente todos os
alunos fizeram o trabalho pedido.
Recebemos trabalhos
diversificados. Desde aqueles que notamos que foram feitos somente pelos
alunos, em suas limitações como alguns que vemos nitidamente a ajuda de um
adulto. Tivemos trabalhos muito caprichados e inclusive uma parte do engenho de
açúcar que se movimentava ao pressionar o que seria um “recipiente” com cana de
açúcar, representando uma espécie de moenda movida por bois. Outro elemento
curioso apresentado em uma das maquetes foram os produtos. Em um determinado
trabalho o grupo embalou pequenos pacotinhos com açúcar, uma espécie de melado
e rapadura pra demonstrar o que era feito com a cana-de-açúcar.
Alguns alunos tiveram
dificuldade de “mobilizar” o grupo. E como cada aluno do grupo ficou
responsável por um elemento da maquete, estes alunos entregaram somente a sua
parte, ou seja, somente um dos elementos da maquete (somente a Casa Grande). O
trabalho se configura como incompleto e o aluno poderia ter explicado esta
situação antes para se integrar a outro grupo, mas não o fez. De toda forma, a
parte delegada a ele foi feita e, portanto, aceitamos, pois embora a interação
em grupo seja parte da atividade, este aluno foi responsável com o que se
propôs a fazer.
Ao fundo da representação do engenho, ao
lado do carro de boi há um canavial. Maquete da turma 702.
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Nesta maquete da turma 703 já notamos a
presença de outros dois elementos: a capela e o tronco.
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Este grupo representou quatro elementos:
a casa-grande, a senzala, o engenho e o canavial. É um trabalho da turma 702.
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Todas as imagens são de arquivo pessoal e foram selecionadas apenas algumas fotografias de determinadas maquetes e não todos os trabalhos recebidos.
DOCUMENTOS
- Artigos da internet sobre a “escravidão no século XXI”. Disponíveis em: http://historianovest.blogspot.com.br/2011/04/terra-da-vergonha.html e http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/ Acessos em: 28 de Outubro de 2012.
- Vídeo transmitido pela Rede Globo no programa Profissão Repórter. Disponível em: http://g1.globo.com/profissao-reporter/videos/t/programas/v/roupas-baratas-parte-1/2078547/ Acesso em Agosto de 2012.
BIBLIOGRAFIA
- BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006. (Livro didático)
- TEIXEIRA JR., Luiz Alexandre. O engenho colonial.Série O Cotidiano da História. São Paulo: Ática, 1996. (Livro de infanto-Juvenil com ilustrações)
Referencial teórico:
- STADEN, H. Duas viagens ao Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2010. (para o capítulo 12)
- ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1982.
- HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.