sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ALUNOS DO PIBID DESENVOLVEM PROJETO SOBRE A "CONSCIÊNCIA NEGRA" NA ESCOLA ESTADUAL "RAUL DE LEONI"


       Desenvolvendo projeto sobre a Consciência Negra, os bolsistas do PIBID trabalham atividades com ajuda de músicas. Para ilustrar aula sobre identidade, exclusão social e preconceito, foi utilizada a música A Carne, muito famosa na voz de Elza Soares. O objetivo desta atividade é que os alunos possam identificar a importância da cultura africana na formação cultural brasileira. Objetiva-se também que os alunos possam compreender e analisar sobre a exclusão e preconceito social existentes no Brasil e principalmente, em seu cotidiano.  


A Carne
Elza Soares

A carne mais barata do mercado é a carne negra
que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
que fez e faz a história
segurando esse país no braço 
o cabra aqui não se sente revoltado
porque o revólver já está engatilhado
e o vingador é lento
mas muito bem intencionado 
e esse país 
vai deixando todo mundo preto
e o cabelo esticado

Mas mesmo assim
ainda guardo direito
de algum antepassado da cor
brigar sutilmente por respeito
brigar bravamente por respeito
brigar por justiça e por respeito
de algum antepassado da cor
brigar, brigar, brigar
A carne mais barata do mercado é a carne negra.

                 Bolsista: Darlan Santos

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PLANO DE AULA UTILIZADO PELOS BOLSISTAS NO 9º ANO NA ESCOLA ESTADUAL "RAUL DE LEONI


     Esse é o plano de aula que os bolsistas (Darlan Luiz Santos e Roberta Avanci)  fizeram para guiar suas atividades acerca dos campos de concentração nazista.


            Plano de aula sobre Campos de Concentração

Darlan Luiz Santos
Roberta Avanci
                 
Aulas ministradas na turma de 9º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Raul de Leoni.
Tema: Campos de concentração nazista
Duração: 2 horários de 50 minutos.

Objetivos:

Objetivo geral: permitir que o aluno compreenda o processo instalação dos campos de concentração durante o governo nazista na Alemanha.

Objetivos específicos:
·         Possibilitar que o aluno identifique e compreenda os aspectos simbólicos fundamentais na construção do nacionalismo alemão
·          Apresentar ao aluno a ideia do Estado limpo, sem doenças, sem judeus, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos, doentes mentais para que ele possa assim, argumentar e julgar sobre a formação do nacionalismo alemão através de teorias nazistas.
·         Apresentar ao aluno elementos que envolveram o Holocausto, tais como: campos de concentração, anti-semitismo, assassinatos e perseguição à judeus.

Materiais e métodos:
·         giz e quadro-negro, alguns tópicos referentes ao assunto a ser apresentado.
·         Serão apresentados trechos do filme: O menino de pijama listrado, para ilustrar alguns temas que serão abordados, por exemplo, as propagandas nazistas conta judeus.

Conteúdo:
Para melhor orientação sobre o conteúdo que será apresentado, o tema da aula e tópicos referentes aos objetivos serão escritos na lousa.
Entre 1933 e 1945 a Alemanha nazista construiu cerca de 20.000 campos para aprisionar sua milhões de vítimas. Os campos são lugares em que se colocavam fora da sociedade aquelas pessoas que eram indesejadas. Aquelas que eram consideradas nocivas para o desenvolvimento de uma nação forte. Desde sua ascensão ao poder, em 1933, o regime nazista construiu uma série de centros de detenção destinados ao encarceramento e à eliminação dos chamados "inimigos do estado".
Os nazistas construíram câmaras de gás para tornar o processo de assassinato em massa mais eficiente, rápido e menos pessoal para os executores. No auge das deportações para o campo, mais de 6.000 judeus eram diariamente envenenados por gás naquele campo.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha ficou devastada. Imersa em uma grande crise econômica, que deixou a população desempregada e na miséria. Além da enorme crise moral, já que as medidas tomadas contra a Alemanha no Tratado de Versalhes colocavam o povo alemão sob medidas que o humilhava diante da Europa.
Neste contexto, surge o Partido Nacional Socialista, o partido nazista, como alternativa ao governo que estava no poder na época e ao comunismo.
Liderados por Hitler, o partido nazista pregava a exaltação do povo alemão, o colocando como uma raça superior. Divulgava o anti-semitismo, afirmando que os grandes responsáveis pela crise em que a Alemanha se encontrava era responsabilidade dos judeus.
Nos primeiros meses da chancelaria de Hitler, os nazistas instituíram uma política de "coordenação". A cultura, a economia, a educação, e as leis passaram ao controle nazista. O regime nazista também tentou "coordenar" as igrejas alemãs e, apesar de não obter sucesso total ganhou apoio da maioria dos clérigos católicos e protestantes.
Hitler tinha a última palavra tanto na legislação nacional quanto na política externa alemã. Esta última era guiada pela crença racista de que a Alemanha era biologicamente destinada a expandir-se para o leste europeu por meio de força militar, e de que uma população alemã, maior e racialmente superior, deveria ter domínio permanente sob o leste europeu e a União Soviética.
Dentro daquele sistema, as pessoas "racialmente inferiores" como os judeus e os ciganos deveriam ser eliminadas. A política externa nazista tinha como objetivo, desde o início, travar uma guerra de aniquilação contra a União Soviética e, para isto utilizou os anos de paz anteriores à eclosão da Guerra para preparar o povo alemão para o conflito. No contexto desta guerra ideológica, os nazistas planejaram e colocaram em prática o Holocausto, ou seja, o assassinato em massa dos judeus, considerados os principais inimigos "raciais" dos alemães.
"A propaganda política busca imbuir o povo, como um todo, com uma doutrina... A propaganda para o público em geral funciona a partir do ponto de vista de uma idéia, e o prepara para quando da vitória daquela opinião". Adolf Hitler escreveu tais palavras em 1926, em seu livro Mein Kampf , no qual defendia o uso de propaganda política para disseminar seu ideal de Nacional Socialismo que compreendia o racismo, o anti-semitismo e o anti bolchevismo.
Após a chegada do nazismo ao poder em 1933, Hitler estabeleceu o Ministério do Reich para Esclarecimento Popular e Propaganda, encabeçado por Joseph Goebbels. O objetivo do Ministério era garantir que a mensagem nazista fosse transmitida com sucesso através da arte, da música, do teatro, de filmes, livros, estações de rádio, materiais escolares e imprensa.
O cinema, em particular, teve um papel importante na disseminação das idéias do anti-semitismo racial, da superioridade do poder militar alemão e da essência malévola de seus inimigos, como eram definidos pela ideologia nazista. Os filmes nazistas retratavam os judeus como seres "subhumanos" que se infiltraram na sociedade ariana; em 1940, por exemplo, o filme de 1940, “O Eterno”, dirigido por Fritz Hippler, que retratava os judeus como parasitas culturais ambulantes, consumidos pelo sexo e pelo amor ao dinheiro. Alguns filmes, como “O Triunfo da Vontade”, de 1935, de Leni Riefenstahl, exaltava Hitler e o movimento Nacional Socialista. Duas outras obras de Leni, “O Festival das Nações” e “Festa da Beleza” (1938), mostraram os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, promovendo o orgulho nacional com o sucesso do regime nazista naqueles Jogos.
Após esta primeira parte de aula expositiva, será apresentado aos alunos trechos do filme O menino de pijama listrado para ilustrar os temas trabalhados dentro a aula. Os assuntos explorados no filme são: o estranhamento das pessoas frente a um campo de concentração, o anti-semitismo divulgado abertamente pelo governo, a educação baseada nos valores do nacionalismo alemão e detrimento dos demais povos, a propaganda do governo ressaltando as vantagens do aprisionamento dos judeus nos campos de concentração, a “solução final”, matança em massa dos judeus nas câmaras de gás.


Bibliografia utilizada:
LENHARO, Alcir. Nazismo: O triunfo da vontade. 3ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1991.
Site: www.ushmm.com, acessado em 22/10/11.
United States Holocaust Memorial Museum.