quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Globalização Midiática

      A professora, Maria Alice Mota Araújo, estava trabalhando a crise de 29, focando nos momentos de euforia, depressão e recuperação dos Estados Unidos, nas turmas do 3º ano do Ensino Médio, da Escola Estadual “Effie Rolfs”. Com isso, achei interessante aplicar uma atividade na qual foi exposta a opinião de alguns cineastas, durante o Fórum Social Mundial de 2003, sobre o domínio exagerado da indústria cinematográfica norte-americana.
    O objetivo foi mostrar aos alunos como a indústria cinematográfica americana domina as telas do cinema, e que isso acaba tirando a identidade de algumas nações, que tem que aprender a valorizar-se e a olhar para dentro de si mesmas, reproduzindo sobre sua própria realidade.
     Para isso, destaquei o que o diretor argentino Fernando Solanas disse sobre o assunto: “Trata-se de um silencioso genocídio cultural quando uma cinematografia ocupa mais de 80% das telas mundiais, enquanto há povos que ainda não conquistaram o direito humano essencial de produzir sua própria imagem e comunicá-la aos outros povos. Esses povos e países estão condenados a sofrer sérias mutações: padronização, homogeneização, ocupação dos espaços por imagens, ideias e memórias alheias que nos expulsam de nossa própria casa. Nenhum país pode viver sem o espelho de suas próprias imagens”.
    Perguntei aos alunos se eles concordavam com a opinião acima, e o que o diretor Solanas queria dizer ao afirmar que “nenhum país pode viver sem o espelho de suas próprias imagens”. Após um debate, solicitei aos alunos que elaborassem um texto argumentativo com tudo o que havíamos discutido, expondo sua própria opinião acerca do assunto.
    Por fim, percebi que a atividade foi bem produtiva, uma vez que os alunos desenvolveram textos bem interessantes, demonstrando interesse pelo tema, além de terem estimulado o seu senso crítico e o seu poder argumentativo.
    Segue um texto que foi escrito por uma aluna do 3º ano GC:


A Realidade escondida pelas câmeras

Segundo o diretor argentino Fernando Solanas, por causa do domínio exagerado da indústria cinematográfica norte-americana, muitos povos e países estão condenados a sofrer sérias mutações, como a de padronização de ideias.
Concordo com o diretor, pois os filmes deveriam mostrar como o país realmente é como o povo vive, a cultura, os diversos problemas que as pessoas passam no dia-a-dia, dentre outros. Com tantos avanços tecnológicos nos últimos tempos, estamos ficando cada vez mais presos a algo que não condiz com a nossa realidade.
Em um trecho, Fernando Solanas afirma que “nenhum país pode viver sem o espelho de suas próprias imagens.”, isso quer dizer que as câmeras de um filme não podem tentar esconder os vários problemas que um país sofre. Portanto, devem ser mostradas as dificuldades do povo e é preciso se desapegar do que não é real.
         Isabela Amaral


Referências Bibliográficas:
http://www.wcams.com.br/fsm-poa_2003.htm Acesso em: 09/09/13
http://www.24horasnews.com.br/m36916/hollywood_promove_homogeneizao_via_cinemadenunciam_cineastas.html Acesso em: 09/09/13
AZEVEDO, Gislane Campos. História em movimento: ensino médio.
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. São Paulo: Ática, 2010.
“Cinema como experiência crítica – A Hermenêutica do filme.” De Giovanni Alves. Texto da proposta metodológica do Projeto Cinema como experiência crítica, 2004. Disponível em : http://www.telacritica.org/documentos.htm Acesso em: 09/09/13


Bolsista: Carolina Cazarim

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