O objetivo foi
mostrar aos alunos como a indústria cinematográfica americana domina as telas
do cinema, e que isso acaba tirando a identidade de algumas nações, que tem que
aprender a valorizar-se e a olhar para dentro de si mesmas, reproduzindo sobre
sua própria realidade.
Para isso,
destaquei o que o diretor argentino Fernando Solanas disse sobre o assunto:
“Trata-se de um silencioso genocídio cultural quando uma cinematografia ocupa
mais de 80% das telas mundiais, enquanto há povos que ainda não conquistaram o
direito humano essencial de produzir sua própria imagem e comunicá-la aos
outros povos. Esses povos e países estão condenados a sofrer sérias mutações:
padronização, homogeneização, ocupação dos espaços por imagens, ideias e
memórias alheias que nos expulsam de nossa própria casa. Nenhum país pode viver
sem o espelho de suas próprias imagens”.
Perguntei aos
alunos se eles concordavam com a opinião acima, e o que o diretor Solanas
queria dizer ao afirmar que “nenhum país pode viver sem o espelho de suas
próprias imagens”. Após um debate, solicitei aos alunos que elaborassem um
texto argumentativo com tudo o que havíamos discutido, expondo sua própria
opinião acerca do assunto.
Por fim, percebi
que a atividade foi bem produtiva, uma vez que os alunos desenvolveram textos
bem interessantes, demonstrando interesse pelo tema, além de terem estimulado o
seu senso crítico e o seu poder argumentativo.
Segue um texto que
foi escrito por uma aluna do 3º ano GC:
A Realidade
escondida pelas câmeras
Segundo o diretor
argentino Fernando Solanas, por causa do domínio exagerado da indústria
cinematográfica norte-americana, muitos povos e países estão condenados a
sofrer sérias mutações, como a de padronização de ideias.
Concordo com o
diretor, pois os filmes deveriam mostrar como o país realmente é como o povo
vive, a cultura, os diversos problemas que as pessoas passam no dia-a-dia,
dentre outros. Com tantos avanços tecnológicos nos últimos tempos, estamos
ficando cada vez mais presos a algo que não condiz com a nossa realidade.
Em um trecho,
Fernando Solanas afirma que “nenhum país pode viver sem o espelho de suas
próprias imagens.”, isso quer dizer que as câmeras de um filme não podem tentar
esconder os vários problemas que um país sofre. Portanto, devem ser mostradas
as dificuldades do povo e é preciso se desapegar do que não é real.
Isabela Amaral
Referências
Bibliográficas:
http://www.wcams.com.br/fsm-poa_2003.htm
Acesso em: 09/09/13
http://www.24horasnews.com.br/m36916/hollywood_promove_homogeneizao_via_cinemadenunciam_cineastas.html
Acesso em: 09/09/13
AZEVEDO, Gislane
Campos. História em movimento: ensino médio.
AZEVEDO, Gislane
Campos; SERIACOPI, Reinaldo. São Paulo: Ática, 2010.
“Cinema como
experiência crítica – A Hermenêutica do filme.” De Giovanni Alves. Texto da
proposta metodológica do Projeto Cinema como experiência crítica, 2004.
Disponível em : http://www.telacritica.org/documentos.htm Acesso em: 09/09/13
Bolsista:
Carolina Cazarim
Nenhum comentário:
Postar um comentário