sábado, 2 de novembro de 2013

A economia açucareira no século XVI e nos dias atuais



No mês de outubro na Escola Estadual Raul de Leoni, os alunos do 1º ano do Ensino Médio da professora Fátima Freitas estudaram o capítulo do livro didático “Impérios e Sociedades Coloniais”.  Esse capítulo aborda a chegada dos portugueses ao Brasil, quando ao não encontrarem ouro, exploram outros elementos que existiam no território brasileiro, discutindo sobre “A produção açucareira e outras atividades econômicas” se referindo à economia monocultora e a exploração da cana-de-açúcar. Além disso, o capítulo também retrata questões relativas ao tráfico negreiro e as condições de violência a que os negros eram submetidos no trajeto até chegarem ao Brasil, fazendo um balanço das diversas atividades econômicas que eram aqui praticadas.
Ao pensar a melhor proposta para se trabalhar na sala de aula, foi entendido que era importante utilizar uma metodologia na qual os alunos pudessem participar mais efetivamente, buscando que a matéria conseguisse de certa forma se aproximar da realidade dos alunos, se tornando consequentemente mais interessante para os mesmos, desse modo foi proposta a realização de apresentações de trabalhos em forma oral de modo a trabalhar o tema da aula pensando os seus reflexos e impactos na atualidade. Além disso, seria exigido um relatório contendo uma síntese do trabalho para que assim eles também desenvolvessem a escrita e confecção de cartazes ou maquetes para suporte das apresentações.(Veja o plano de aula)
O trabalho proposto aos alunos foi dividido em dois temas: A economia açucareira e os Engenhos de Açúcar no século XVI e A produção de açúcar e sua economia nos dias atuais, para isso foram organizados quatro grupos para que cada tema fosse trabalhado por dois deles.
Nas duas primeiras aulas com o apoio do livro didático foi apresentado o desenvolvimento da economia açucareira no século XVI.  Em 1533, o colonizador português Martim Afonso de Sousa trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar e realizou a disseminação dessa primeira atividade de exploração econômica no Brasil. A produção desse tipo de gênero agrícola aconteceu devido ao conhecimento anterior de técnicas de preparo e plantio que assim permitiram o desenvolvimento dessa atividade na América Portuguesa.
Na primeira fase da economia açucareira a mão de obra predominante foi a indígena, porém ao longo do século XVI boa parte dos nativos foi sendo dizimada principalmente por epidemias e essa mão de obra passou a depender cada vez mais dos escravos, vindos através do Tráfico Negreiro.
Existiam diferentes tipos de engenhos no Brasil Colônia sendo a grande maioria movida pela força animal ou de escravos. Em virtude dos preços baixos e de um consumo crescente houve um aumento das exportações de açúcar de cana e a agricultura canavieira foi a partir do século XVI o setor mais importante da economia colonial, sendo necessário um investimento de grande capital para a preparação da terra no plantio da cana-de-açúcar, além da compra de mão de obra escrava e equipamentos. Os produtos eram então embarcados para Portugal e Holanda, sendo comercializados na Europa por mercadores portugueses.
Para Portugal a implantação de uma empresa açucareira no Brasil era uma forma de organizar uma atividade econômica permanente que iniciaria um povoamento na colônia e a possibilidade de ampliação de mercado consumidor. Em função da extensão dos territórios coloniais e da produção da cana-de-açúcar só ser rentável em larga escala, a monocultura era essencial, pois o país deveria se tornar altamente especializado na produção de açúcar para gerar grandes lucros para a Metrópole.
Utilizando de notícias e reportagens sobre a cana-de-açúcar no Brasil em dias atuais e analisando as atividades econômicas que se desenvolvem a partir dela foram apresentadas considerações a cerca da posição do Brasil como o maior produtor mundial dessa matéria prima, responsável por quase quinhentos milhões de toneladas de açúcar por ano. A modernização de diversas usinas em todo o país, juntamente com a adoção de novas tecnologias desde o plantio até a produção de produtos como o etanol, o açúcar e a bioeletricidade fortaleceram esse setor que é reconhecido em todo mundo pela eficiência na produção. A utilização dos biocombustíveis foi bem trabalhada no que no sentido em que são fontes de energia renováveis de grande importância, pois surgem como uma alternativa eficaz de substituição das fontes de energias fósseis altamente poluentes, sendo tal tema de grande importância nas discussões sobre fontes de energia requer uma análise cuidadosa sobre seus aspectos positivos e negativos.
Após esse suporte teórico para os alunos, eles teriam uma semana para poderem aprofundar as pesquisas para que o trabalho pudesse ser apresentado, confeccionar os materiais necessários e para escreverem o relatório que deveria conter a síntese do trabalho.
No dia da apresentação os resultados não foram satisfatórios, embora os alunos tenham se dedicado na pesquisa e na confecção dos materiais, não houve um comprometimento na hora da apresentação em sala de aula os alunos apenas leram o que estavam nos cartazes, o que fez com que a turma se dispersasse, como também as conversas e risos recorrentes nos estudantes que estavam na frente da turma, não respeitando os demais grupos durante a apresentação. Quanto aos relatórios, contendo a síntese da pesquisa, também houve muitas falhas, pois a maior parte da turma apenas copiou do livro ou da internet e mesmo assim continham erros gramaticais, o que demonstra a dificuldade da escrita que muitos ainda possuem.
Após esse resultado dedicamos uma aula para comentarmos sobre o trabalho e os alunos reconheceram a falta de comprometimento e a necessidade de um aperfeiçoamento de trabalhos desse modelo. Sendo assim, decidimos juntamente com eles que no mês de novembro realizaremos um trabalho que contenha a apresentação oral na qual procuraremos melhorar aqueles pontos que neste não foram satisfatórios.
Referências Bibliográficas:

ARRUDA, José Jobson de Andrade. O Brasil no comércio colonial. São Paulo: Ática, 1980.
 COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume único. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005. Volume único.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala. 34ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998.
Notícias sobre a Economia Açucareira no Brasil nos dias atuais e a utilização de biocombustíveis. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/biocombustiveis.htm




Bolsista: Laís Maia



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