No mês de outubro na Escola Estadual Raul de Leoni, os alunos do 1º ano
do Ensino Médio da professora Fátima Freitas estudaram o capítulo do livro
didático “Impérios e Sociedades Coloniais”.
Esse capítulo aborda a chegada dos portugueses ao Brasil, quando ao não
encontrarem ouro, exploram outros elementos que existiam no território brasileiro,
discutindo sobre “A produção açucareira e outras atividades econômicas” se
referindo à economia monocultora e a exploração da cana-de-açúcar. Além disso,
o capítulo também retrata questões relativas ao tráfico negreiro e as condições
de violência a que os negros eram submetidos no trajeto até chegarem ao Brasil,
fazendo um balanço das diversas atividades econômicas que eram aqui praticadas.
Ao pensar a melhor proposta para se trabalhar na sala de aula, foi
entendido que era importante utilizar uma metodologia na qual os alunos
pudessem participar mais efetivamente, buscando que a matéria conseguisse de
certa forma se aproximar da realidade dos alunos, se tornando consequentemente
mais interessante para os mesmos, desse modo foi proposta a realização de
apresentações de trabalhos em forma oral de modo a trabalhar o tema da aula
pensando os seus reflexos e impactos na atualidade. Além disso, seria exigido
um relatório contendo uma síntese do trabalho para que assim eles também
desenvolvessem a escrita e confecção de cartazes ou maquetes para suporte das
apresentações.(Veja o plano de aula)
O trabalho proposto aos alunos foi dividido em dois temas: A economia
açucareira e os Engenhos de Açúcar no século XVI e A produção de açúcar e sua
economia nos dias atuais, para isso foram organizados quatro grupos para que
cada tema fosse trabalhado por dois deles.
Nas duas primeiras aulas com o apoio do livro didático foi apresentado
o desenvolvimento da economia açucareira no século XVI. Em 1533, o colonizador português Martim
Afonso de Sousa trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar e realizou a
disseminação dessa primeira atividade de exploração econômica no Brasil. A
produção desse tipo de gênero agrícola aconteceu devido ao conhecimento
anterior de técnicas de preparo e plantio que assim permitiram o
desenvolvimento dessa atividade na América Portuguesa.
Na primeira fase da economia açucareira a mão de obra predominante foi
a indígena, porém ao longo do século XVI boa parte dos nativos foi sendo
dizimada principalmente por epidemias e essa mão de obra passou a depender cada
vez mais dos escravos, vindos através do Tráfico Negreiro.
Existiam diferentes tipos de engenhos no Brasil Colônia sendo a grande
maioria movida pela força animal ou de escravos. Em virtude dos preços baixos e
de um consumo crescente houve um aumento das exportações de açúcar de cana e a
agricultura canavieira foi a partir do século XVI o setor mais importante da
economia colonial, sendo necessário um investimento de grande capital para a
preparação da terra no plantio da cana-de-açúcar, além da compra de mão de obra
escrava e equipamentos. Os produtos eram então embarcados para Portugal e
Holanda, sendo comercializados na Europa por mercadores portugueses.
Para Portugal a implantação de uma empresa açucareira no Brasil era uma
forma de organizar uma atividade econômica permanente que iniciaria um
povoamento na colônia e a possibilidade de ampliação de mercado consumidor. Em
função da extensão dos territórios coloniais e da produção da cana-de-açúcar só
ser rentável em larga escala, a monocultura era essencial, pois o país deveria
se tornar altamente especializado na produção de açúcar para gerar grandes
lucros para a Metrópole.
Utilizando de notícias e reportagens sobre a cana-de-açúcar no Brasil
em dias atuais e analisando as atividades econômicas que se desenvolvem a partir
dela foram apresentadas considerações a cerca da posição do Brasil como o maior
produtor mundial dessa matéria prima, responsável por quase quinhentos milhões
de toneladas de açúcar por ano. A modernização de diversas usinas em todo o
país, juntamente com a adoção de novas tecnologias desde o plantio até a
produção de produtos como o etanol, o açúcar e a bioeletricidade fortaleceram
esse setor que é reconhecido em todo mundo pela eficiência na produção. A
utilização dos biocombustíveis foi bem trabalhada no que no sentido em que são
fontes de energia renováveis de grande importância, pois surgem como uma
alternativa eficaz de substituição das fontes de energias fósseis altamente poluentes,
sendo tal tema de grande importância nas discussões sobre fontes de energia
requer uma análise cuidadosa sobre seus aspectos positivos e negativos.
Após esse suporte teórico para os alunos, eles teriam uma semana para
poderem aprofundar as pesquisas para que o trabalho pudesse ser apresentado,
confeccionar os materiais necessários e para escreverem o relatório que deveria
conter a síntese do trabalho.
No dia da apresentação os resultados não foram satisfatórios, embora os
alunos tenham se dedicado na pesquisa e na confecção dos materiais, não houve
um comprometimento na hora da apresentação em sala de aula os alunos apenas
leram o que estavam nos cartazes, o que fez com que a turma se dispersasse, como
também as conversas e risos recorrentes nos estudantes que estavam na frente da
turma, não respeitando os demais grupos durante a apresentação. Quanto aos
relatórios, contendo a síntese da pesquisa, também houve muitas falhas, pois a
maior parte da turma apenas copiou do livro ou da internet e mesmo assim continham erros gramaticais, o que demonstra
a dificuldade da escrita que muitos ainda possuem.
Após esse resultado dedicamos uma aula para comentarmos sobre o
trabalho e os alunos reconheceram a falta de comprometimento e a necessidade de
um aperfeiçoamento de trabalhos desse modelo. Sendo assim, decidimos juntamente
com eles que no mês de novembro realizaremos um trabalho que contenha a apresentação
oral na qual procuraremos melhorar aqueles pontos que neste não foram
satisfatórios.
Referências Bibliográficas:
ARRUDA, José Jobson de Andrade. O Brasil no
comércio colonial. São Paulo: Ática, 1980.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil
e Geral. Volume único. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005. Volume único.
Notícias sobre a Economia Açucareira no Brasil nos
dias atuais e a utilização de biocombustíveis. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/biocombustiveis.htm
http://www.mundoeducacao.com/historiadobrasil/economia-acucareira.htm.
Acesso: 25 de Set. de 2013.
Bolsista: Laís Maia
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