Reflexão sobre o trabalho com os alunos do EJA- Educação de Jovens e Adultos

A partir do mês de setembro foram desenvolvidas na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, atividades sob a supervisão do professor Mauro com a turma dos alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos -, tal experiência foi importante e gratificante, encerrada no inicio do mês de dezembro antes mesmo das turmas de ensino fundamental.

Apesar de iniciarem seu período de férias antes dos demais e não terem obrigação com relação a atividades ou provas, os alunos do EJA estavam ali presentes em todas as aulas esperando por uma nova informação ou algum saber que pudesse ser passado. Muito disso provoca uma reflexão sobre o comportamento maduro e disciplinado desses alunos que independente da nota buscam aprender cada vez mais, o que se deve também há vários fatores como ter passado o tempo de estudo regular, dificuldades financeiras devido a necessidade de adquirir um diploma do ensino regular, necessidade ou vontade de aprender entre outros.

O que mais se tornou gratificante pelo trabalho com os alunos foi o interesse por todo o tipo de tema, e a vontade que demonstraram pelo aprendizado. É claro que o ensino no EJA, geralmente é mais didático e interativo com os alunos, as turmas são menores e estabelecem maior diálogo e interação entre o discente e professor, com isso os alunos tiram mais dúvidas e sentem se mais a vontade de perguntar e esclarecer suas dificuldades com relação a matéria.

Isso tudo me levou a pensar como é importante o papel da Educação hoje. Independente das notas ou da conquista de um diploma de ensino regular, os alunos estão em busca de informação e tiram proveito de tudo que lhes é apresentado em sala de aula. Muito mais do que somente ensinar o conteúdo ditado do livro didático é necessário ao professor interação e proximidade com o aluno para que, conhecendo a realidade dele, seja possível trabalhar de modo mais dinâmico e passar para os alunos muitas informações além do conteúdo.

Com isso aprendi que ensinar é importante, porque por mais que o professor esteja apenas transmitindo o conteúdo curricular, ele ensina também valores como respeito, confiança, responsabilidade, carinho e admiração. Como todo trabalho a Educação de Jovens e Adultos tem também suas dificuldades, mas percebi que nesse trabalho, desenvolvido no período no qual estive na escola, há uma grande interação entre o aluno e professor, o que consequentemente gera uma maior aproximação do aluno com a disciplina.

Portanto, durante esse ano letivo enfrentando dificuldades e superando barreiras para o desenvolvimento da Educação desses Jovens, aprendi que a educação tem um papel fundamental na formação do cidadão e também na tomada de consciência, em como aprender, sempre acrescenta em nossas vidas.

Bibliografia:

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2006.

Texto de apoio para reflexão da prática docente:

Veiga, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de ensino: Por que não? 21 ed. Campinas, SP, Papirus,2011. P. 11-50.

Bolsista: Ariella Moreira

"Fazendo a História" e fechando um ano com bons resultados

Em clima de final de ano a Escola Estadual “Effie Rolfs” tem a produção da terceira edição do jornal “Fazendo a História”, organizado pelas bolsistas e supervisora do PIBID, Maria Alice Mota Araújo, a publicação durante todo o ano teve o objetivo de apresentar a toda a comunidade escolar as experiências e discussões nas quais estudantes, bolsistas e supervisores se envolveram.

A partir da realização de um balanço a respeito da produção e divulgação dessa publicação, todos os envolvidos percebem que foi um modo de chamar a uma participação mais interessada e ativa dos estudantes nas atividades da escola, o que gerou em uma maior sintonia entre estudantes e professores, os quais puderam perceber ideias e até mesmo talentos escondidos em seus estudantes. (Veja como ficou a última edição do jornal do PIBID)

As Charges como revisão sobre o tema: Ditadura Militar no Brasil

            As turmas do 9 º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal “Ministro Edmundo Lins”, estavam analisando o conteudo relativo a Ditadura Militar no Brasil, assim a pedido do professor Mauro Figueiredo, uma atividade com o intuito de fazer uma revisão para a prova final dos alunos, sobre tal período foi elaborada.

            Com a intenção de trabalhar o conteúdo de forma mais dinâmica, a sugestão era utilizar as músicas já estudas pelo professor em aulas anteriores, como Woman No Cry interpretada por Gilberto Gil e complementar o conteúdo a partir da análise e da discussão de algumas charges referentes à Ditadura Militar. Com o objetivo de dinamizar o ensino e trabalhar o conteúdo de forma diferenciada, já que a charge aparece como uma alternativa para despertar o interesse dos alunos ao mesmo tempo em que possibilita a interpretação de uma crítica sobre determinado assunto.

            A atividade possibilitou a compreensão do conteúdo por meio de uma linguagem mais próxima dos educandos, visto que, a linguagem visual (charge) contribui para que os fatos históricos possam ser melhor compreendidos dentro de um panorama mais crítico e que parte da visão do próprio aluno.

            Dessa forma, a atividade foi formulada para abarcar os tópicos acima contando com a divisão da turma em duplas, para que assim os alunos pudessem realizar uma discussão entre si sobre o conteúdo, discussão essa que seria mediada pela bolsista e pelo supervisor. A primeira parte da atividade consistia em analisar criticamente e de acordo com o conteúdo as charges abaixo: 

            Na primeira figura, na qual o militar está apagando o pensamento do Brasil, o objetivo é compreender o porquê isso ocorria, qual a intenção desse gesto? O aluno deveria ser questionado dessa maneira para que pudesse empreender o seu olhar sobre essa figura. Já na segunda charge, o objetivo é que o aluno se recorde sobre a Lei da Anistia, e qual o interesse dos militares em promover a volta dos exilados e o “perdão” a essas pessoas?

            Na segunda parte da atividade, os alunos deveriam recordar a música “Woman No Cry” que o Professor Mauro já havia analisado em uma aula anterior, para poder comparar com a figura abaixo, o objetivo era que a partir disso compreendessem melhor o que ocorreu na ditadura, os mistérios que ainda hoje estão por ser desvendados, e pensassem a respeito da organização da Comissão da Verdade. 

Após a aplicação da atividade, podemos concluir que a turma demonstrou interesse no tema da Ditadura Militar, bem como compreendeu que a disciplina de História pode ser bastante interessante, uma vez que esta compreende absolutamente tudo o que diz respeito à vida do homem, desde fatos cotidianos até acontecimentos de repercussão internacional. A divisão da turma em duplas, colaborou para que os alunos dependessem menos da intervenção do professor e tivessem mais liberdade para discutir entre si. Os resultados puderam ser melhor percebidos quando o professor Mauro corrigiu as provas que foram feitas após esta atividade e uma revisão da matéria, visto que as notas dos alunos melhoram significativamente.

As imagens estão disponíveis em:

Figura 1:Disponível em: http://qualidadedaeducacao.blogspot.com.br/2011/11/charges-ditadura-militar.html. Acesso: 23 de novembro de 2013.

Figura 2: http://natransversaldotempo.wordpress.com/category/desarquivandobr-ditadura-militar/. Acesso em: 23 de novembro de 2013.

Figura 3: Disponível em: http://historianovest.blogspot.com/2012/06/regime-militar-no-brasil-em-charges_13.html. Acesso em: 23 de nov. 2013.

Referência Bibliográficas:

BRAICK, Patrícia Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 2006.

VEIGA, Ilma P. A. Técnicas de ensino: Por que não? 21 ed. Campinas, SP: Papiros, 2001, p. 11- 50.

Bolsista: Isabella Valente Ciríaco