Na
Escola Municipal Ministro Edmundo Lins fora desenvolvida sob a supervisão da
Professora Sueli Saraiva, uma atividade com os alunos do EJA- Educação de
Jovens e Adultos. A atividade foi desenvolvida em comemoração ao dia 13 de
maio- Dia da Abolição da Escravidão, e contou com a exibição do filme Besouro
relativo a temática da resistência negra através de manifestações como no caso,
a capoeira. A atividade deve duração de duas aulas.
Nesse
dia, grande parte dos alunos compareceu a escola para assistir ao filme, como
em sua maioria de alunos da Escola são negros ou mulatos, a necessidade de
aplicação do filme era para refletirem questões a respeito de como pensamos o
negro na atualidade. Ressaltando que no período abordado em questão pelo filme
no inicio do século XX, o negro tinha outra configuração dentro da sociedade
estava marginalizado e oprimido mesmo após 40 anos de abolição da escravidão.
Além
disso, o objetivo central da atividade não era de vitimizar ou inferiorizar, o
negro na sociedade sendo colocado sempre pela sua visão de coitado, mas sim
demonstrar que hoje após 130 anos da escravidão vivemos ainda uma situação de
preconceito, porém bem menos exploratória do que foi em outro momento.
Com
isto, ressaltar a capoeira era um modo de resistência dos negros perante a opressão
e sua marginalização dentro daquela sociedade. Essas formas e como outras,
entre elas o aborto, as músicas e poesias compostas pelos escravos, a dança e
religião africana eram modos de lutar contra a violência imposta. Essas formas
de resistência que proporcionaram ao negro no decorrer dos anos, uma possível
inserção dentro da sociedade, agora não mais como vitima desse processo mas
sujeito e formador de sua história. Durante a exibição do filme foi passado uns
exercícios que fazem análise relativa ao contexto de produção filme, e suas
características centrais.
Com
isso, houve uma análise de como o filme pode ser pensado de duas formas: uma
como característica de produção do seu tempo de produção e outra, como
informante de um período que se quer analisar. Mesmo que não seja de forma
direta, o filme mostra elementos do seu modo de produção:
“Em
seu texto de 1985, afirma que a contra análise da sociedade é fornecida de
várias maneiras pelo cinema. Em primeiro lugar, por meio de uma variedade de
informações, como gestos, objetos, comportamentos sociais que são transmitidos
sem que o diretor queira.” (MORETTIN,2003,p.16)
Em
seguida a exibição do filme, os alunos fizeram as atividades em sala de aula (clique aqui).
As conclusões sobre a aula foram entendidas de modo claro pelos alunos que
compreenderam que ver um filme não é simplesmente só isto, mas é também pensar
sobre levantar as questões que norteiam e corroboram para um entendimento
preciso do filme. Como também perceberam que é necessário sempre lutar contra
qualquer tipo de opressão ou vitimização que tente nos redimir ou colocar em
condições precárias.
Apesar
de vivermos em uma sociedade patriarcal e autoritária que ainda é rural e
preconceituosa o negro conquistou sua ascensão social.
Bibliografia:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam
Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo.
Moderna, 2006.
MORETTIN, E. V. O Cinema como fonte histórica na Obra de Marc Ferro. História Questões
e Debates, Curitiba, n.38, p.11-42, 2003. Editora UFPR
Análise sobre a
abolição da escravidão.Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=508.
Acesso em 22 de maio de 2014.
Bolsista: Ariella Moreira
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