sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Imperialismo europeu e desunião africana



O professor, Paulo Grossi, trabalhou com os alunos do 8°ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Effie Rolfs, o “O Imperialismo Europeu no Século XIX” que contou com a divisão do globo entre as principais potências do mundo. Defendendo necessidades industriais e econômicas o imperialismo europeu se legitimou através de teorias que acreditavam na superioridade de um grupo em relação a outro. Em busca de maiores lucros e menores gastos, os europeus ocuparam regiões como África e Ásia, defendendo uma “missão civilizadora” que desconsiderava a cultura já existente no local dominado.
 

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Partilha_de_%C3%81frica acesso em: 17/09/13


Buscando possibilitar que os alunos compreendessem a dificuldade de aceitação de uma nova cultura, o estranhamento e as principais consequências da Partilha da África, realizamos uma discussão sobre o assunto apontando que algumas regiões africanas, antes do domínio europeu, já possuíam organização social própria, composta de reis e hierarquias. A adaptação ao modo de vida europeu modificou muitos dos costumes tradicionais africanos e com a ideia de superioridade dos “brancos” surge uma política de segregação que se intensificou na África do Sul no século XX. Tal política negava aos negros direitos sociais, econômicos e politicas, impedindo-os de frequentar determinados lugares.
A atividade contou com a interpretação de um texto do historiador africano, Joseph Ki- Zerbo em que ele apresenta o domínio europeu na região africana. Procurando utilizar outro recurso além do textual, interpretamos uma musica do cantor Bob Marley que normalmente demonstra em suas letras uma preocupação social muito forte, repleta de inconformismo com a injustiça e o preconceito.
 A música “Africa Unite” produzida no século XX, corrobora com a segregação enfrentada no período, possibilitando que os alunos compreendessem a desunião existente na África em função dos processos imperialistas. O cantor deixa claro a importância da união africana e a crença nisso. Procurei ressaltar com os alunos o significado de alguns termos presentes na música que eram desconhecidos. Veja o texto e música utilizados.
A atividade foi desenvolvida em duas turmas de 8°ano, e essas tiveram comportamentos bem diferentes. O resultado com a primeira turma não foi muito positivo, pois demonstraram pouca concentração diante do recurso musical, possivelmente em função de ser uma música internacional e exigir maior concentração. No entanto, a segunda turma se envolveu e participou muito durante as atividades, levantando perguntas, relacionando a explicação com assuntos conhecidos por eles, como o rastafári apontado na música.
Referências Bibliográficas:
 BITTENCOURT, Circe. O saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2002.
 BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro
milênio. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
KI- ZERBO, Joseph. Historia África Negra. Viseu: Europa- América, 1972.
NETO, José Alves Freitas/ TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, 2006

Bolsista: Monalisa Carmo



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