O professor, Paulo Grossi,
trabalhou com os alunos do 8°ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Effie
Rolfs, o “O Imperialismo Europeu no Século XIX” que contou
com a divisão do globo entre as principais
potências do mundo. Defendendo necessidades industriais e econômicas o
imperialismo europeu se legitimou através de teorias que acreditavam na
superioridade de um grupo em relação a outro. Em busca de maiores lucros e menores
gastos, os europeus ocuparam regiões como África e Ásia, defendendo uma “missão
civilizadora” que desconsiderava a cultura já existente no local dominado.
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Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Partilha_de_%C3%81frica
acesso em: 17/09/13
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Disponível em: http://historiandonanet07.wordpress.com/2011/11/17/neocolonialismo/
acesso em 17/09/13
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Buscando
possibilitar que os alunos compreendessem a dificuldade de aceitação de uma
nova cultura, o estranhamento e as principais consequências da Partilha da
África, realizamos uma discussão sobre o assunto apontando que algumas regiões africanas,
antes do domínio europeu, já possuíam organização social própria, composta de
reis e hierarquias. A adaptação ao modo de vida europeu modificou muitos dos
costumes tradicionais africanos e com a ideia de superioridade dos “brancos”
surge uma política de segregação que se intensificou na África do Sul no século
XX. Tal política negava aos negros direitos sociais, econômicos e politicas,
impedindo-os de frequentar determinados lugares.
A
atividade contou com a interpretação de um texto do historiador africano, Joseph
Ki- Zerbo em que ele apresenta o domínio europeu na região africana. Procurando utilizar outro recurso além do textual,
interpretamos uma musica do cantor Bob Marley que normalmente demonstra em suas
letras uma preocupação social muito forte, repleta de inconformismo com a
injustiça e o preconceito.
A
música “Africa Unite” produzida no
século XX, corrobora com a segregação enfrentada no período, possibilitando que
os alunos compreendessem a desunião existente na África em função dos processos
imperialistas. O cantor deixa claro a importância da união africana e a crença
nisso. Procurei ressaltar com os alunos o significado de alguns termos
presentes na música que eram desconhecidos. Veja o texto e música utilizados.
A
atividade foi desenvolvida em duas turmas de 8°ano, e essas tiveram
comportamentos bem diferentes. O resultado com a primeira turma não foi muito
positivo, pois demonstraram pouca concentração diante do recurso musical, possivelmente
em função de ser uma música internacional e exigir maior concentração. No
entanto, a segunda turma se envolveu e participou muito durante as atividades,
levantando perguntas, relacionando a explicação com assuntos conhecidos por
eles, como o rastafári apontado na
música.
Referências
Bibliográficas:
BITTENCOURT, Circe. O saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2002.
BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro
milênio.
2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos,
práticas e propostas. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
KI- ZERBO, Joseph. Historia África Negra. Viseu: Europa- América, 1972.
NETO, José Alves Freitas/ TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São Paulo:
Harbra, 2006
Bolsista: Monalisa Carmo
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