A charge, assim
como as histórias em quadrinhos, se configuram como um recurso importante para
o ensino/estudo da História. Não por serem uma representação pitoresca,
mas por possibilitar uma reflexão sobre
uma determinada situação, ideia ou fato histórico. Ao optar pela utilização de charge
no ensino de história deve se reconhecer a sua importância como um recurso
autônomo e não a encarar como uma mera ilustração, como muitas vezes acontece,
particularmente em manuais didáticos. É importante levar o aluno a perceber o
fato histórico e linguagens que estão sendo criticados por ela, não apenas o
texto escrito e a imagem isoladamente.
Dessa forma, se a
charge for usada corretamente como um material de apoio pode contribuir para
aguçar a capacidade de interpretação e espírito crítico dos alunos,
permitindo-lhe estabelecer relações entre fontes e linguagens utilizadas no estudo de temas
históricos.
Importante também
salientar no uso da mesma que, de modo geral, elas tem como foco situações
relativas ao contexto do autor, ou seja, tem limitação temporal. O chargista
elabora uma crítica político-social acerca de fatos e ideias familiares ao
cotidiano de sua época histórica. Quando analisada em seu contexto ou mesmo em
outro, a charge possibilita contato com a visão do chargista a respeito de
determinada situação. Que assim como os demais recursos didáticos ela também
possui uma intencionalidade e que se não for passado para os alunos pode
leva-lo a crer que realmente o relato aconteceu como descrito.
Assim,
conforme o descrito acima, esta aula se tratou da utilização de charges
relativas ao Primeiro Reinado, onde os alunos do segundo ano GC da Escola
Estadual Effie Rolfs puderam colocar em prática o seus conhecimentos sobre o
assunto trabalhado previamente pela professora Maria Alice. (Veja aqui o Plano de Aula)
Durante a
aula foram trabalhadas três charges, sendo esta a primeira:
Nesta
primeira charge foi discutido com os alunos a participação popular durante o
processo de independência e depois durante a vigência do Primeiro Reinado.
Questionando-os se as massas possuíam conhecimento do que estava ocorrendo no
Brasil no período e o porque da não participação das massas nesses dois
processos. Sempre motivando-os a debater e participar da aula, forma esta de
perceber a aprendizagem do conteúdo didático dos mesmos.
A segunda
charge analisada foi esta:
Essa charge
foi apresentada procurando debater o uso do poder moderador. Poder este criado
pelo Imperador D. Pedro I e que lhe conferia plenos poderes governamentais,
tais como: dissolver a câmera de deputados quando quisesse e convocar novas
eleições, nomear senadores, aprovar ou vetar as decisões da Câmera e do Senado,
etc. Ou seja, seu poder era quase que “absoluto”, não havendo outra forma de
vetar suas decisões.
E, por fim,
nesta terceira charge, procurei explorar com os alunos a Constituição que
passou ocupar o cenário no período estudado. Esta que foi outorgada pelo
Imperador em 1824, se tornando a primeira do Brasil independente e que tinha
como principais resoluções a submissão da Igreja ao Estado, o Senado vitalício,
Monarquia hereditária, a determinação de quatro poderes (executivo, legislativo,
judiciário e o moderador) e o voto censitário. Sendo tratada na charge como um
bebê e que para tal necessitava de cuidados.
Como
atividade avaliativa foi solicitado que os alunos produzissem um texto
relacionando o conteúdo estudado com o assunto tratado em cada charge. Pois,
entendemos que o texto escrito é um recurso didático fundamental para as
reflexões de natureza histórica. Forma esta também de os mesmos exercitarem a
escrita e colocar no papel suas ideias sobre o assunto.
Portanto, a
aula obteve seus objetivos inicias de analisar o assunto estudado de uma forma
diferente de perceber determinados detalhes e também como uma forma de
estimular a criação de uma reflexão histórica. Os alunos, como sempre nessa
turma, tiveram uma ampla e boa participação, o que motiva sempre o meu
envolvimento em buscar novas ferramentas e formas de ensinar/aprender História
com eles.
Referências:
Charges:
1.
SHIMIDT,
Mario Furley. História Crítica no Brasil.
São Paulo: Nova geração, s/d, p. 90.
2.
PAIVA,
Miguel; Schwarcz, Lilian Moritz. Da
Colônia ao Império. São Paulo: Brasiliense, s/d, p. 86.
3.
Ibidem,
p. 34.
AZEVEDO, Gislane Campos. O Primeiro
Reinado (1822-1831). In: AZEVEDO, Gislane Campos. História em Movimento: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010, p
270-281.
PESSOA,
Alberto Ricardo. Charge como estratégia complementar de ensino. Revista Temática. Disponível em: www.insite.pro.br, acesso em:27/10/2013.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. A formação do professor de História
e o cotidiano da sala de aula. In: BITHENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico em sala de aula.
São Paulo: Contexto, 2004, p. 54-66.
SURUAGY,
Cláudia Calheiros da Silva. Um olhar
midiático para o ensino de história. EPEAL:
Pesquisa em educação. Disponível em:
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=5&ved=0CFwQFjAE&url=http%3A%2F%2Fdmd2.webfactional.com%2Fmedia%2Fanais%2FUM-OLHAR-MIDIATICO-PARA-O-ENSINO-DE
HISTORIA.pdf&ei=kV15UtqtKIPVkQfXooHoCw&usg=AFQjCNGFPQJOIxricJsWJyn7rnKLshMArQ&sig2=Q1ONAxcPsutcWxin53P_8w&bvm=bv.55980276,d.eW0.
Acesso: 27/10/2013.
Bolsista: Roberta Avanci
Bolsista: Roberta Avanci
Uma merda
ResponderExcluirUma merda
ResponderExcluirconcordo
ResponderExcluirretardado ensina muito ...
Excluirmuito tua bunda
Excluiro professor jac e um bosta
ResponderExcluirné suas putinhas
ResponderExcluireae pessoal
ResponderExcluirvai da a bunda
Excluirvai que eu goste
Excluirsou msm
ExcluirSeus vagabundo
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