sábado, 31 de maio de 2014

Análise de aspectos do filme “Titanic” e o contexto da Belle Époque

    Sob a supervisão da professora Maria Alice Mota Araújo, nas turmas 9ºA e 9ºB da Escola Estadual Effie Rolfs, visando dinamizar a abordagem da Belle Époque e despertar o interesse dos alunos, apresentamos recortes do filme Titanic, escrito e dirigido por James Cameron. As cenas escolhidas demonstravam, principalmente, como os funcionários da White Star Line tinham modos diferentes para tratarem os passageiros da primeira e a terceira classes do navio RMS Titanic. Além disso, exploravam a distinção das classes em termos de comportamento, costumes, formas de lazer e comunicação.

  Nosso intuito era fazer com que os alunos observassem criticamente alguns aspectos da sociedade europeia do início do século XX em geral, principalmente através das considerações expostas acima e também tendo em mente que a Belle Époque trouxe uma série de avanços econômicos, culturais e científicos para a Europa, que a levaram para um progresso imenso, mas esse foi um quadro que só atingiu positivamente a parte da população que tinha condições financeiras para acompanha-lo. Portanto, para as camadas populares, o efeito da Belle Époque foi totalmente diferente e esse foi um período conturbado por lutas e contestações.

    Para fazermos com que os alunos entendessem o proposto pela atividade, distribuímos a eles um material, para servir de apoio para nossa explicação oral sobre o tema, que continha um texto introdutório sobre o tema da Belle Époque; um breve resumo do filme e de nosso objetivo ao assisti-lo e pequenos parágrafos que explicavam aos alunos o que seria observado na cena em questão. A partir de então, cada uma das bolsistas procedeu de acordo com o ritmo da turma, podendo alternar entre leituras e explicações, mas com a semelhança de que, antes de passarmos determinado recorte nos dedicávamos à explicação do que seria visto na cena, pois certos detalhes poderiam passar despercebidos e também queríamos manter a atenção dos alunos no que estávamos fazendo.

   Através do resultado da atividade, percebemos que os estudantes demonstraram entender nossa proposta e se comportaram bem na maior parte do tempo. No caso do 9º ano A, com a bolsista Júlia Severiano, a turma se interessou bastante pelo filme e sua boa receptividade fez com que fosse necessário mais tempo do que o planejado o desenvolvendo, pois os alunos pediram para assistirem outras cenas e alguns alunos fizeram perguntas que abriram espaço para que se pudesse explicar um pouco mais sobre a história do navio e contexto de sua viagem. Na turma do 9º B, os alunos foram bem receptivos com a atividade proposta pela bolsista Cecília Carmanini. Se comportaram bem e fizeram perguntas sobre o filme, pedindo para que o mesmo fosse passado integralmente.



Bibliografia
PROJETO ARARIBÁ. História. 3ª edição, São Paulo: Moderna, 2010.
TITANIC. Direção e roteiro por James Cameron; Produção por James Cameron e Jon Landau. Los Angeles: produção de 20th Century Fox; Lightstorm Entertainment; Paramount Pictures e distribuição de Paramount Pictures, 1997. 2 DVDs (194 min): son., color. Legendado. Port.
Pauline Kisner. Diários Anacrônicos [Internet]. Florianópolis. 2012, Junho - [citado em 2012 June 14]. Disponível em: http://diariosanacronicos.com/blog/essa-tal-de-belle-epoque-2/

Imagens disponíveis em:
http://www.leavemethewhite.com/caps/thumbnails.php?album=95

Bolsista: Júlia Severiano

domingo, 25 de maio de 2014

Apresentação do Filme Besouro em comemoração ao Dia 13 de maio

Na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins fora desenvolvida sob a supervisão da Professora Sueli Saraiva, uma atividade com os alunos do EJA- Educação de Jovens e Adultos. A atividade foi desenvolvida em comemoração ao dia 13 de maio- Dia da Abolição da Escravidão, e contou com a exibição do filme Besouro relativo a temática da resistência negra através de manifestações como no caso, a capoeira. A atividade deve duração de duas aulas.
Nesse dia, grande parte dos alunos compareceu a escola para assistir ao filme, como em sua maioria de alunos da Escola são negros ou mulatos, a necessidade de aplicação do filme era para refletirem questões a respeito de como pensamos o negro na atualidade. Ressaltando que no período abordado em questão pelo filme no inicio do século XX, o negro tinha outra configuração dentro da sociedade estava marginalizado e oprimido mesmo após 40 anos de abolição da escravidão.
Além disso, o objetivo central da atividade não era de vitimizar ou inferiorizar, o negro na sociedade sendo colocado sempre pela sua visão de coitado, mas sim demonstrar que hoje após 130 anos da escravidão vivemos ainda uma situação de preconceito, porém bem menos exploratória do que foi em outro momento.
Com isto, ressaltar a capoeira era um modo de resistência dos negros perante a opressão e sua marginalização dentro daquela sociedade. Essas formas e como outras, entre elas o aborto, as músicas e poesias compostas pelos escravos, a dança e religião africana eram modos de lutar contra a violência imposta. Essas formas de resistência que proporcionaram ao negro no decorrer dos anos, uma possível inserção dentro da sociedade, agora não mais como vitima desse processo mas sujeito e formador de sua história. Durante a exibição do filme foi passado uns exercícios que fazem análise relativa ao contexto de produção filme, e suas características centrais.
Com isso, houve uma análise de como o filme pode ser pensado de duas formas: uma como característica de produção do seu tempo de produção e outra, como informante de um período que se quer analisar. Mesmo que não seja de forma direta, o filme mostra elementos do seu modo de produção:
“Em seu texto de 1985, afirma que a contra análise da sociedade é fornecida de várias maneiras pelo cinema. Em primeiro lugar, por meio de uma variedade de informações, como gestos, objetos, comportamentos sociais que são transmitidos sem que o diretor queira.” (MORETTIN,2003,p.16)
Em seguida a exibição do filme, os alunos fizeram as atividades em sala de aula (clique aqui). As conclusões sobre a aula foram entendidas de modo claro pelos alunos que compreenderam que ver um filme não é simplesmente só isto, mas é também pensar sobre levantar as questões que norteiam e corroboram para um entendimento preciso do filme. Como também perceberam que é necessário sempre lutar contra qualquer tipo de opressão ou vitimização que tente nos redimir ou colocar em condições precárias.

Apesar de vivermos em uma sociedade patriarcal e autoritária que ainda é rural e preconceituosa o negro conquistou sua ascensão social.




Bibliografia:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006.
MORETTIN, E. V. O Cinema como fonte histórica na Obra de Marc Ferro. História Questões e Debates, Curitiba, n.38, p.11-42, 2003. Editora UFPR
Análise sobre a abolição da escravidão.Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=508. Acesso em 22 de maio de 2014.

Bolsista: Ariella Moreira

domingo, 18 de maio de 2014

Viagem dos estudantes da Escola Estadual Effie Rolfs à Petrópolis

No próximo dia 22 de maio a Escola Estadual Effie Rolfs levará os estudantes do 3º ano do ensino médio à cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Essa data foi escolhida estrategicamente, uma vez que será um feriado local, dia de Santa Rita de Cássia.

Essa viagem contará com o apoio de muitos professores da escola, dos Supervisores do PIBID de História Maria Alice Mota Araújo e Paulo Grossi e de três bolsistas do PIBID. 

O apoio para essa viagem dos bolsistas foi o de principalmente organizá-la e divulgá-la entre os estudantes. Coube a mim montar um folder contendo o roteiro da viagem, especificando os lugares que serão visitados e as informações históricas dos mesmos. 

Apesar de termos contactado um guia que nos acompanhará durante todo o passeio, o folder de viagem serve para saberem onde irão, possuírem uma base de conhecimento de cada um dos locais a serem visitados.




Referências bibliográficas:
Guia Quatro Rodas. disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/br-rj-petropolis
Petrópolis Turismo - 10 lugares imperdíveis em uma estada em Petrópolis. Disponível em: http://www.petropolis-turismo.com.br/onde-ir.html
Petrópolis, por que ir? disponível em: http://www.feriasbrasil.com.br/rj/petropolis/


Bolsista: Daniela Nalon

sábado, 17 de maio de 2014

TEMPOS MODERNOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Após a apresentação do conteúdo do livro didático sobre a Revolução Industrial para a turma do 8º ano A da Escola Estadual Effie Rolfs, foi proposta uma atividade, juntamente com a orientação do Professor Paulo Grossi, que permitisse novas considerações a respeito desse processo, ao mesmo tempo em que se promovia a utilização de novos recursos didáticos na sala de aula. Dessa forma, foram exibidos os minutos iniciais do filme Tempos Modernos, de 1936, sob a direção de Charles Chaplin.


O objetivo da apresentação de tal vídeo era propor análises de algumas cenas marcantes que estabelecessem relações diretas com as mudanças causadas pela Revolução Industrial, como a submissão do homem pela máquina e o processo que desgasta e estressa o trabalhador em suas funções repetidas e contínuas, características que podem ser observadas nas imagens abaixo retiradas do filme:


Com isso foi apresentada a ficha técnica, com diretor, atores, roteiro, duração, ano de produção, além de uma breve análise sobre o contexto histórico em que tal filme foi apresentado sem, no entanto, entrar em maiores detalhes, já que esse momento não era o foco da atividade.
            Em seguida, iniciou-se a apresentação do filme no data show fornecido pela escola e pausou-se a exibição nos 40 minutos seguidos, aproximadamente. Após isso, foi realizada uma conversa com os alunos sobre as características presentes no filme que poderiam ser relacionadas com a Revolução Industrial, conteúdo que eles haviam finalizado na última aula. Alguns deles interagiram e analisaram diferentes aspectos, que iam desde a constatação da substituição do homem pelas máquinas até as consequências causadas pela industrialização, como a submissão do homem às tarefas e o processo desgastante e, muitas vezes, enlouquecedor do trabalho com as máquinas.
            Depois desse breve debate, com a participação do professor Paulo, foi solicitado aos alunos que respondessem a duas questões propostas sobre o filme e que tinham relação com aquilo que havia sido discutido. A atividade foi satisfatória, pois todos os alunos presentes finalizaram as questões e me devolveram para uma simples avaliação.
            Com essa atividade, percebeu-se que os alunos do 8º A se interessam por aulas que envolvam outros recursos e não fiquem presos somente ao livro didático. Ao exibir o filme, eles se mostraram atentos a todas as cenas e até pediram para que deixasse passa-lo todo, mas o tempo era escasso para isso. Mesmo assim, eles ficaram satisfeitos.
            O filme se encontra facilmente disponível na internet e serve como base para outras discussões, como, por exemplo, a formação de movimentos sindicais, o fordismo, a Crise de 1929, o desemprego.


Bibliografia:
PROJETO ARARIBÁ. História. 3ª edição, São Paulo: Moderna, 2010.
CHAPLIN, Charles. Tempos Modernos. Titulo original: Modern Times. Preto & Branco. Legendado. Duração: 87 min. Warner, 1936.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e aprendizados. Papirus: Campinas, SP, 2003.

Bolsista: Priscila Teixeira

O governo de Getúlio Vargas e a criação das Leis Trabalhistas

           Na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, a professora Sueli Saraiva trabalhou com os alunos do quarto período da Educação de Jovens e Adultos a Era Vargas. O presidente Getúlio Vargas chega ao poder através da Revolução de 1930, governando o Brasil por quase vinte anos, abrindo um período de modernidade, voltada para aspectos políticos, sociais e econômicos brasileiros, até então nunca trabalhadas. No tempo em que permaneceu no poder foi chefe de um governo provisório (1930-1934), presidente eleito por voto indireto (1934-1937) e ditador (1937-1945).
            Durante seu governo ocorreram diversas transformações nacionais propiciando um desenvolvimento da industrialização e das cidades. O Estado se torna forte e começa a interferir na economia, instaurando uma nova relação com os trabalhadores urbanos. O espírito nacionalista de Vargas fez com que ele fosse considerado o mais importante e influente nome da política brasileira no século XX.
            A Era Vargas, além ter sido um período de modernização foi também palco de intensos acontecimentos como: Revolução Constitucionalista de 1932, Constituição de 1934, Política paternalista varguista, Criação da Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL), Política econômica e administrativa do Estado Novo, Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura do período e Transformação social e política trabalhista com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
            Sobre esse último ponto citado é que resolvemos ampliar as discussões na turma do quarto período. É interessante destacar que na Educação de Jovens e Adultos é importante que tudo aquilo que está sendo ensinado esteja voltado à experiência de vida daqueles alunos, de forma que os conteúdos não estejam desconectados de sua realidade pessoal. Sendo assim, como praticamente a totalidade dos alunos também são trabalhadores, discutir sobre a CLT nos pareceu muito relevante.
            Em 1943, Getúlio Vargas editou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT): a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito Processual do Trabalho e ao Direito do Trabalho. O seu principal objetivo é regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho. Dentre essas leis se destacam: criação do salário mínimo e da carteira de trabalho, direito a férias anuais remuneradas, jornada diária de 8 horas, regulamentação do trabalho do menor e da mulher, descanso semanal e direito à previdência social. Com o decorrer do tempo essas leis foram se ampliando com o intuito de propiciar uma melhoria de vida ao trabalhador e a sua família, como a criação do décimo terceiro salário, do benefício para ajudar no sustento dos filhos de até 14 anos e a obrigatoriedade do Fundo de Garantia por tempo de serviço.
            Após a exposição dos conteúdos sobre a Era Vargas e as transformações ocorridas no Brasil ao longo desse período apresentei aos alunos as leis trabalhistas que nele foram criadas. A cada lei que eu apresentava, os alunos deveriam comentar a sua relevância e discutir os seus impactos sobre os trabalhadores. Essa aula foi bem interessante, pois os alunos apresentavam relatos de suas experiências de trabalho e também tiraram dúvidas em relação a essas leis.
            Após essa explicação propus um debate orientado por algumas questões para que os alunos pudessem expor suas opiniões tirar as dúvidas relativas ao tema. As principais questões foram: Qual a importância da CLT para a conquista de direitos do trabalhador brasileiro? Qual a situação do trabalhador no Brasil hoje? O que melhorou? Quais críticas ainda são passíveis de se fazer? A principal questão discutida durante a aula foi relativa ao emprego informal.
            Mesmo após décadas da morte de Getúlio Vargas, menos da metade dos trabalhadores brasileiros tem carteira de trabalho assinada. A maior parte dos trabalhadores se encontram empregados no mercado informal, não sendo contemplados por esses benefícios previstos por lei. Partindo dessa afirmação, propus aos alunos que respondessem de forma escrita as seguintes questões: Qual a importância de ser empregado com registro de carteira? e Por que muitos patrões não registram seus empregados?

            O resultado dessa atividade foi satisfatório, pois apesar da dificuldade dos alunos com a escrita (alguns são semianalfabetos), a maioria da turma conseguiu expor o seu ponto de vista e o mais interessante: souberam associar o que foi pedido com a realidade do seu trabalho, destacando principalmente a importância da segurança de trabalho e a garantia de uma aposentadoria. Dessa forma, fica cada vez mais claro que o ensino na Educação de Jovens e Adultos quando desvinculado do cotidiano de seus alunos não desperta-lhes interesse, fazendo com que os conteúdos se tornem sem sentido para os mesmos. Sendo assim, todas as nossas propostas para esses alunos tem objetivo de buscar essa relação.



 *Imagens disponíveis em: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/flexibilizac-o-das-leis-trabalhistas-requer-cautela-alertam-sindicalistas-1.117731 e http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/flexibilizac-o-das-leis-trabalhistas-requer-cautela-alertam-sindicalistas-1.117731

REFERÊNCIAS
BRAICK, Patrícia Ramos. História das Cavernas ao terceiro milênio. 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2006.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume único. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005. Volume único.
Era Vargas. Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiab/era-vargas.htm.
MARTINS, Heloísa H. T. de Souza. O Estado e a burocratização do sindicato no Brasil.
São Paulo: HUCITEC, 1978.
MUNAKATA, Kazumi. A Legislação trabalhista no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982.

Bolsista: Laís Maia

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A construção do mito sobre Tiradentes

A partir da supervisão e orientação da professora Sueli Saraiva, foi desenvolvida na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, uma atividade sobre o tema da Inconfidência Mineira com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Foi necessária a realização da atividade para que os alunos pudessem ter uma visão mais dinâmica e realista sobre a história do personagem central do movimento da Inconfidência. Além do que a atividade faz parte de um projeto que está sendo realizado pelos professores da Escola, intitulado a Inconfidência Mineira, que terá sua culminância no dia 23 de abril.
A atividade ocorreu com a duração de uma aula, tinha como ponto e objetivo central, trazer aos alunos uma consciência sobre o mártir e herói do movimento, que para além de sofredor punido pela coroa, Tiradentes foi sim uma grande representante que buscava assim como seus companheiros inconfidentes, uma ascensão social e valorização da política mineira. Foi levantando a partir do auxílio de um artigo sobre o imaginário do herói a seguinte questão: Era Tiradentes um herói ou representante político que também lutava em prol dos interesses pessoais? Em que momento da História houve a recuperação de sua memória enquanto mártir da Inconfidência?
Segundo Barallotti: ““ Tiradentes pode aparecer como Jesus Cristo (de barba e cabelos compridos) ou elegante e bonito em sua roupa de alferes. A imagem não importava, mas, sim, o ideal que Tiradentes representava e que a República queria alcançar.” ( BARALLOTTI,P.3)

Em seguida, foram apresentadas imagens aos alunos para que pudessem auxiliar a imagem de Tiradentes como alferes (cargo militar que ocupava no período), como mártir e herói assimilado a figura de Cristo:

Fonte:http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2009/09/tiradentes-o-homem-por-tras-do-mito.html

Fonte: http://www.historiadigital.org/curiosidades/15-curiosidades-sobre-tiradentes



Logo, após a apresentação de imagens fora falado também uma curiosidade sobre a cidade de Tiradentes, que fora resgatada como símbolo de homenagem ao herói no período da República, em que era necessário a criação de um novo herói da pátria, uma vez que a imagem de Dom Pedro I, estava associada a uma época de monarquia e ausência da modernidade. Com isso, 100 anos após a morte de Tiradentes a cidade então distrito de São João Del Rey, é renomeada para Tiradentes em homenagem ao inconfidente.  Foram apresentadas também imagens sobre a cidade e discutido rapidamente um pouco sobre a formação da cidade.


Fonte: http://www.historiabrasileira.com/biografias/tiradentes/


Logo, o principio inicial da atividade foi alcançado com sucesso, em que os alunos entenderam e participaram da aula, levantando questões como: “ Eu não imaginava Tiradentes assim, Tiradentes foi um herói ou não?, Quem e por que resgatou a memória de Tiradentes?”. Para a conclusão das atividades da bolsista junto com o auxilio da supervisora fora realizado no final da aula, um debate com os alunos sobre os mitos que eles conhecem na sua cidade. Fora uma troca de experiências entre os alunos, fazendo uma livre associação da teoria com a realidade escolar, aproximando assim os alunos com a disciplina.

Referencias Bibliográficas:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006. P. 80-89
BALLAROTTI, Carlos Roberto. A Construção do mito de Tiradentes:de mártir republicano a herói cívico na atualidade. Revista Antiteses, vol. 2, n. 3, jan.-jun. de 2009, p. 201-225.





                            PLANO DE AULA: Tiradentes e a construção do mito
                                                                Ariella Cardoso

Objetivo: O objetivo dessa aula é analisar a construção da imagem de Tiradentes no movimento da Inconfidência Mineira no século XVIII.
Objetivos específicos:
- Analisar quem foi Tiradentes e qual contexto político que se encontrava o Brasil no momento que sucumbiu a Inconfidência Mineira.
- Discutir imagens sobre a figura de Tiradentes, refletindo sobre a construção de um mito que relacionava a figura do mineiro ao herói e mártir.
- Explicar por que a cidade de Tiradentes foi homenageada com o nome do Inconfidente.
Metodologia: Aula expositiva com apresentação de imagens.
Recursos Utilizados: Quadro, giz, data show, computador.
Conteúdo e Abordagem:
No inicio da aula deve ser lembrado aos alunos rapidamente como ocorreu o movimento da Inconfidência Mineira.
Em seguida, passar através do auxilio do data show, o texto e as imagens relativas a construção do imaginário sobre Tiradentes, problematizando questões como: Por que Tiradentes foi associado a figura de herói? Qual era a posição social e o engajamento de Tiradentes com a política do período?
 “ Tiradentes pode aparecer como Jesus Cristo (de barba e cabelos compridos) ou elegante e bonito em sua roupa de alferes. A imagem não importava, mas, sim, o ideal que Tiradentes representava e que a República queria alcançar.” ( BARTTOLLI,P.3)
Com isso, analisar com os alunos em que momento político será resgatado a figura dele? No momento em que a república necessita da criação de um novo herói que sensibilizasse o povo, e apagasse a memória de Dom Pedro I, muito associada a uma mentalidade monárquica. Isso não significa porém que se apagaram os laços com a monárquica, mas pelo menos tentava se forjar uma unidade nacional. Sempre buscando através das perguntas a participação dos alunos em a relação a matéria que está sendo trabalhada em sala de aula.
Expor ao fim da aula, a construção da cidade de Tiradentes e sua relação com a figura de José da silva Xavier. Trabalhando algumas imagens da cidade que também são representações da arte barroca mineira.

Referencias Bibliográficas:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006. P. 80-89
BALLAROTTI, Carlos Roberto. A Construção do mito de Tiradentes:de mártir republicano a herói cívico na atualidade. Revista Antiteses, vol. 2, n. 3, jan.-jun. de 2009, p. 201-225.

 Bolsista: Ariella Cardoso