quinta-feira, 10 de julho de 2014

REFLEXÃO SOBRE A COPA DO MUNDO NO BRASIL

            O primeiro semestre de 2014 foi marcado por algumas alterações no calendário escolar em decorrência da Copa do Mundo no Brasil no mês de junho. Diante disso, foram estabelecidos alguns sábados letivos e entre eles, o dia 17 de maio.
            A professora Sueli Saraiva, supervisora do Pibid de História, foi responsável por organizar as atividades que foram aplicadas na turma do 8º ano, com a participação de todos os bolsistas da escola.
            Devido à proximidade da abertura do mundial de futebol, a docente propôs uma atividade com intuito de os alunos refletirem sobre os impactos da realização desse evento no país.
            Em um primeiro momento, promoveu-se um debate em torno dos aspectos positivos e negativos que esse evento traria para o país. A partir disso, foi entregue aos alunos algumas revistas para que procurassem imagens e notícias que ilustrariam tais aspectos. Na segunda parte da atividade, cada estudante deveria apresentar as suas imagens e notícias e justificá-las.
            A maioria de seus recortes fazia referência aos pontos negativos. Por exemplo: apresentaram a situação caótica dos aeroportos e do trânsito, a precariedade dos hospitais, a falta de segurança. Por outro lado, também foram retratadas questões favoráveis como o crescimento do turismo e do comércio e as oportunidades de lazer e diversão.

            Após a apresentação, foram confeccionados cartazes com as imagens obtidas colando-os no pátio da escola para que a comunidade escolar tivesse acesso aos materiais produzidos. 

BolsistasAline da Fonseca, Bruna Barbosa e Laís Maia

terça-feira, 24 de junho de 2014

Preparação para o Enem com uso de Simulados

Para alunos de terceiro ano do Ensino Médio, a grande preocupação da maioria é a aprovação no Enem para o ingresso em universidades. Visando atender tais necessidades, procuramos aplicar aos alunos do terceiro ano da Escola Effie Rolfs, ao final de cada conteúdo um simulado de revisão contendo questões de vestibulares que se assemelham as questões do Enem e seu objetivo de gerar interdisciplinaridade e interpretações.
Percebendo a dificuldade dos alunos na interpretação de questões fechadas e a grande crítica em relação ao tamanho dos enunciados do exame conciliado a falta de tempo para realização, procuramos selecionar questões de vestibulares anteriores que se aproximem dessas características para que os alunos se acostumem melhor a esse tipo de demanda. Procuramos aplicar questões maiores, com necessidade de interpretação e determinamos o tempo para realização. Ao final procurei realizar a correção, mas não só apontando as alternativas corretas e sim explicando por que o restante estava errado. Dessa forma os alunos com dificuldades em manifestar suas dúvidas também eram atingidos.
O primeiro simulado realizado foi ao final do capítulo sobre a Proclamação da República, as questões exigiam interpretação de imagens e trechos. (Clique aqui para visualizar o primeiro simulado) O segundo, foi aplicado ao final do conteúdo sobre a Primeira Guerra. Sendo um assunto mais detalhista, pela quantidade de territórios envolvidos e pelas várias fases do conflito, o simulado contou com algumas questões mais interpretativas, com análise de gráficos e imagens, mas sem deixar de lado questões de cunho objetivo, já que é um assunto que exige uma boa base de compressão em função de sua grandiosidade e consequências que se proliferam ao longo do século XX. (Anexo 2)
Os simulados foram usados como forma de aproximar os alunos das questões exigidas no Enem, e como o livro didático utilizado não apresenta questões fechadas, ele foi a melhor solução encontrada. Até o momento a atividade trouxe pontos positivos, já que os alunos se envolveram na realização, e continuaremos utilizando esse método ao final de cada conteúdo estudado, de forma que aos poucos os simulados possam apresentar questões relacionadas a períodos estudados anteriormente, estabelecendo pontes de ligação.

Questões disponíveis em:


Bolsista: Monalisa Carmo

sábado, 31 de maio de 2014

Análise de aspectos do filme “Titanic” e o contexto da Belle Époque

    Sob a supervisão da professora Maria Alice Mota Araújo, nas turmas 9ºA e 9ºB da Escola Estadual Effie Rolfs, visando dinamizar a abordagem da Belle Époque e despertar o interesse dos alunos, apresentamos recortes do filme Titanic, escrito e dirigido por James Cameron. As cenas escolhidas demonstravam, principalmente, como os funcionários da White Star Line tinham modos diferentes para tratarem os passageiros da primeira e a terceira classes do navio RMS Titanic. Além disso, exploravam a distinção das classes em termos de comportamento, costumes, formas de lazer e comunicação.

  Nosso intuito era fazer com que os alunos observassem criticamente alguns aspectos da sociedade europeia do início do século XX em geral, principalmente através das considerações expostas acima e também tendo em mente que a Belle Époque trouxe uma série de avanços econômicos, culturais e científicos para a Europa, que a levaram para um progresso imenso, mas esse foi um quadro que só atingiu positivamente a parte da população que tinha condições financeiras para acompanha-lo. Portanto, para as camadas populares, o efeito da Belle Époque foi totalmente diferente e esse foi um período conturbado por lutas e contestações.

    Para fazermos com que os alunos entendessem o proposto pela atividade, distribuímos a eles um material, para servir de apoio para nossa explicação oral sobre o tema, que continha um texto introdutório sobre o tema da Belle Époque; um breve resumo do filme e de nosso objetivo ao assisti-lo e pequenos parágrafos que explicavam aos alunos o que seria observado na cena em questão. A partir de então, cada uma das bolsistas procedeu de acordo com o ritmo da turma, podendo alternar entre leituras e explicações, mas com a semelhança de que, antes de passarmos determinado recorte nos dedicávamos à explicação do que seria visto na cena, pois certos detalhes poderiam passar despercebidos e também queríamos manter a atenção dos alunos no que estávamos fazendo.

   Através do resultado da atividade, percebemos que os estudantes demonstraram entender nossa proposta e se comportaram bem na maior parte do tempo. No caso do 9º ano A, com a bolsista Júlia Severiano, a turma se interessou bastante pelo filme e sua boa receptividade fez com que fosse necessário mais tempo do que o planejado o desenvolvendo, pois os alunos pediram para assistirem outras cenas e alguns alunos fizeram perguntas que abriram espaço para que se pudesse explicar um pouco mais sobre a história do navio e contexto de sua viagem. Na turma do 9º B, os alunos foram bem receptivos com a atividade proposta pela bolsista Cecília Carmanini. Se comportaram bem e fizeram perguntas sobre o filme, pedindo para que o mesmo fosse passado integralmente.



Bibliografia
PROJETO ARARIBÁ. História. 3ª edição, São Paulo: Moderna, 2010.
TITANIC. Direção e roteiro por James Cameron; Produção por James Cameron e Jon Landau. Los Angeles: produção de 20th Century Fox; Lightstorm Entertainment; Paramount Pictures e distribuição de Paramount Pictures, 1997. 2 DVDs (194 min): son., color. Legendado. Port.
Pauline Kisner. Diários Anacrônicos [Internet]. Florianópolis. 2012, Junho - [citado em 2012 June 14]. Disponível em: http://diariosanacronicos.com/blog/essa-tal-de-belle-epoque-2/

Imagens disponíveis em:
http://www.leavemethewhite.com/caps/thumbnails.php?album=95

Bolsista: Júlia Severiano

domingo, 25 de maio de 2014

Apresentação do Filme Besouro em comemoração ao Dia 13 de maio

Na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins fora desenvolvida sob a supervisão da Professora Sueli Saraiva, uma atividade com os alunos do EJA- Educação de Jovens e Adultos. A atividade foi desenvolvida em comemoração ao dia 13 de maio- Dia da Abolição da Escravidão, e contou com a exibição do filme Besouro relativo a temática da resistência negra através de manifestações como no caso, a capoeira. A atividade deve duração de duas aulas.
Nesse dia, grande parte dos alunos compareceu a escola para assistir ao filme, como em sua maioria de alunos da Escola são negros ou mulatos, a necessidade de aplicação do filme era para refletirem questões a respeito de como pensamos o negro na atualidade. Ressaltando que no período abordado em questão pelo filme no inicio do século XX, o negro tinha outra configuração dentro da sociedade estava marginalizado e oprimido mesmo após 40 anos de abolição da escravidão.
Além disso, o objetivo central da atividade não era de vitimizar ou inferiorizar, o negro na sociedade sendo colocado sempre pela sua visão de coitado, mas sim demonstrar que hoje após 130 anos da escravidão vivemos ainda uma situação de preconceito, porém bem menos exploratória do que foi em outro momento.
Com isto, ressaltar a capoeira era um modo de resistência dos negros perante a opressão e sua marginalização dentro daquela sociedade. Essas formas e como outras, entre elas o aborto, as músicas e poesias compostas pelos escravos, a dança e religião africana eram modos de lutar contra a violência imposta. Essas formas de resistência que proporcionaram ao negro no decorrer dos anos, uma possível inserção dentro da sociedade, agora não mais como vitima desse processo mas sujeito e formador de sua história. Durante a exibição do filme foi passado uns exercícios que fazem análise relativa ao contexto de produção filme, e suas características centrais.
Com isso, houve uma análise de como o filme pode ser pensado de duas formas: uma como característica de produção do seu tempo de produção e outra, como informante de um período que se quer analisar. Mesmo que não seja de forma direta, o filme mostra elementos do seu modo de produção:
“Em seu texto de 1985, afirma que a contra análise da sociedade é fornecida de várias maneiras pelo cinema. Em primeiro lugar, por meio de uma variedade de informações, como gestos, objetos, comportamentos sociais que são transmitidos sem que o diretor queira.” (MORETTIN,2003,p.16)
Em seguida a exibição do filme, os alunos fizeram as atividades em sala de aula (clique aqui). As conclusões sobre a aula foram entendidas de modo claro pelos alunos que compreenderam que ver um filme não é simplesmente só isto, mas é também pensar sobre levantar as questões que norteiam e corroboram para um entendimento preciso do filme. Como também perceberam que é necessário sempre lutar contra qualquer tipo de opressão ou vitimização que tente nos redimir ou colocar em condições precárias.

Apesar de vivermos em uma sociedade patriarcal e autoritária que ainda é rural e preconceituosa o negro conquistou sua ascensão social.




Bibliografia:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006.
MORETTIN, E. V. O Cinema como fonte histórica na Obra de Marc Ferro. História Questões e Debates, Curitiba, n.38, p.11-42, 2003. Editora UFPR
Análise sobre a abolição da escravidão.Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=508. Acesso em 22 de maio de 2014.

Bolsista: Ariella Moreira

domingo, 18 de maio de 2014

Viagem dos estudantes da Escola Estadual Effie Rolfs à Petrópolis

No próximo dia 22 de maio a Escola Estadual Effie Rolfs levará os estudantes do 3º ano do ensino médio à cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Essa data foi escolhida estrategicamente, uma vez que será um feriado local, dia de Santa Rita de Cássia.

Essa viagem contará com o apoio de muitos professores da escola, dos Supervisores do PIBID de História Maria Alice Mota Araújo e Paulo Grossi e de três bolsistas do PIBID. 

O apoio para essa viagem dos bolsistas foi o de principalmente organizá-la e divulgá-la entre os estudantes. Coube a mim montar um folder contendo o roteiro da viagem, especificando os lugares que serão visitados e as informações históricas dos mesmos. 

Apesar de termos contactado um guia que nos acompanhará durante todo o passeio, o folder de viagem serve para saberem onde irão, possuírem uma base de conhecimento de cada um dos locais a serem visitados.




Referências bibliográficas:
Guia Quatro Rodas. disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/br-rj-petropolis
Petrópolis Turismo - 10 lugares imperdíveis em uma estada em Petrópolis. Disponível em: http://www.petropolis-turismo.com.br/onde-ir.html
Petrópolis, por que ir? disponível em: http://www.feriasbrasil.com.br/rj/petropolis/


Bolsista: Daniela Nalon

sábado, 17 de maio de 2014

TEMPOS MODERNOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Após a apresentação do conteúdo do livro didático sobre a Revolução Industrial para a turma do 8º ano A da Escola Estadual Effie Rolfs, foi proposta uma atividade, juntamente com a orientação do Professor Paulo Grossi, que permitisse novas considerações a respeito desse processo, ao mesmo tempo em que se promovia a utilização de novos recursos didáticos na sala de aula. Dessa forma, foram exibidos os minutos iniciais do filme Tempos Modernos, de 1936, sob a direção de Charles Chaplin.


O objetivo da apresentação de tal vídeo era propor análises de algumas cenas marcantes que estabelecessem relações diretas com as mudanças causadas pela Revolução Industrial, como a submissão do homem pela máquina e o processo que desgasta e estressa o trabalhador em suas funções repetidas e contínuas, características que podem ser observadas nas imagens abaixo retiradas do filme:


Com isso foi apresentada a ficha técnica, com diretor, atores, roteiro, duração, ano de produção, além de uma breve análise sobre o contexto histórico em que tal filme foi apresentado sem, no entanto, entrar em maiores detalhes, já que esse momento não era o foco da atividade.
            Em seguida, iniciou-se a apresentação do filme no data show fornecido pela escola e pausou-se a exibição nos 40 minutos seguidos, aproximadamente. Após isso, foi realizada uma conversa com os alunos sobre as características presentes no filme que poderiam ser relacionadas com a Revolução Industrial, conteúdo que eles haviam finalizado na última aula. Alguns deles interagiram e analisaram diferentes aspectos, que iam desde a constatação da substituição do homem pelas máquinas até as consequências causadas pela industrialização, como a submissão do homem às tarefas e o processo desgastante e, muitas vezes, enlouquecedor do trabalho com as máquinas.
            Depois desse breve debate, com a participação do professor Paulo, foi solicitado aos alunos que respondessem a duas questões propostas sobre o filme e que tinham relação com aquilo que havia sido discutido. A atividade foi satisfatória, pois todos os alunos presentes finalizaram as questões e me devolveram para uma simples avaliação.
            Com essa atividade, percebeu-se que os alunos do 8º A se interessam por aulas que envolvam outros recursos e não fiquem presos somente ao livro didático. Ao exibir o filme, eles se mostraram atentos a todas as cenas e até pediram para que deixasse passa-lo todo, mas o tempo era escasso para isso. Mesmo assim, eles ficaram satisfeitos.
            O filme se encontra facilmente disponível na internet e serve como base para outras discussões, como, por exemplo, a formação de movimentos sindicais, o fordismo, a Crise de 1929, o desemprego.


Bibliografia:
PROJETO ARARIBÁ. História. 3ª edição, São Paulo: Moderna, 2010.
CHAPLIN, Charles. Tempos Modernos. Titulo original: Modern Times. Preto & Branco. Legendado. Duração: 87 min. Warner, 1936.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e aprendizados. Papirus: Campinas, SP, 2003.

Bolsista: Priscila Teixeira

O governo de Getúlio Vargas e a criação das Leis Trabalhistas

           Na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, a professora Sueli Saraiva trabalhou com os alunos do quarto período da Educação de Jovens e Adultos a Era Vargas. O presidente Getúlio Vargas chega ao poder através da Revolução de 1930, governando o Brasil por quase vinte anos, abrindo um período de modernidade, voltada para aspectos políticos, sociais e econômicos brasileiros, até então nunca trabalhadas. No tempo em que permaneceu no poder foi chefe de um governo provisório (1930-1934), presidente eleito por voto indireto (1934-1937) e ditador (1937-1945).
            Durante seu governo ocorreram diversas transformações nacionais propiciando um desenvolvimento da industrialização e das cidades. O Estado se torna forte e começa a interferir na economia, instaurando uma nova relação com os trabalhadores urbanos. O espírito nacionalista de Vargas fez com que ele fosse considerado o mais importante e influente nome da política brasileira no século XX.
            A Era Vargas, além ter sido um período de modernização foi também palco de intensos acontecimentos como: Revolução Constitucionalista de 1932, Constituição de 1934, Política paternalista varguista, Criação da Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL), Política econômica e administrativa do Estado Novo, Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura do período e Transformação social e política trabalhista com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
            Sobre esse último ponto citado é que resolvemos ampliar as discussões na turma do quarto período. É interessante destacar que na Educação de Jovens e Adultos é importante que tudo aquilo que está sendo ensinado esteja voltado à experiência de vida daqueles alunos, de forma que os conteúdos não estejam desconectados de sua realidade pessoal. Sendo assim, como praticamente a totalidade dos alunos também são trabalhadores, discutir sobre a CLT nos pareceu muito relevante.
            Em 1943, Getúlio Vargas editou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT): a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito Processual do Trabalho e ao Direito do Trabalho. O seu principal objetivo é regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho. Dentre essas leis se destacam: criação do salário mínimo e da carteira de trabalho, direito a férias anuais remuneradas, jornada diária de 8 horas, regulamentação do trabalho do menor e da mulher, descanso semanal e direito à previdência social. Com o decorrer do tempo essas leis foram se ampliando com o intuito de propiciar uma melhoria de vida ao trabalhador e a sua família, como a criação do décimo terceiro salário, do benefício para ajudar no sustento dos filhos de até 14 anos e a obrigatoriedade do Fundo de Garantia por tempo de serviço.
            Após a exposição dos conteúdos sobre a Era Vargas e as transformações ocorridas no Brasil ao longo desse período apresentei aos alunos as leis trabalhistas que nele foram criadas. A cada lei que eu apresentava, os alunos deveriam comentar a sua relevância e discutir os seus impactos sobre os trabalhadores. Essa aula foi bem interessante, pois os alunos apresentavam relatos de suas experiências de trabalho e também tiraram dúvidas em relação a essas leis.
            Após essa explicação propus um debate orientado por algumas questões para que os alunos pudessem expor suas opiniões tirar as dúvidas relativas ao tema. As principais questões foram: Qual a importância da CLT para a conquista de direitos do trabalhador brasileiro? Qual a situação do trabalhador no Brasil hoje? O que melhorou? Quais críticas ainda são passíveis de se fazer? A principal questão discutida durante a aula foi relativa ao emprego informal.
            Mesmo após décadas da morte de Getúlio Vargas, menos da metade dos trabalhadores brasileiros tem carteira de trabalho assinada. A maior parte dos trabalhadores se encontram empregados no mercado informal, não sendo contemplados por esses benefícios previstos por lei. Partindo dessa afirmação, propus aos alunos que respondessem de forma escrita as seguintes questões: Qual a importância de ser empregado com registro de carteira? e Por que muitos patrões não registram seus empregados?

            O resultado dessa atividade foi satisfatório, pois apesar da dificuldade dos alunos com a escrita (alguns são semianalfabetos), a maioria da turma conseguiu expor o seu ponto de vista e o mais interessante: souberam associar o que foi pedido com a realidade do seu trabalho, destacando principalmente a importância da segurança de trabalho e a garantia de uma aposentadoria. Dessa forma, fica cada vez mais claro que o ensino na Educação de Jovens e Adultos quando desvinculado do cotidiano de seus alunos não desperta-lhes interesse, fazendo com que os conteúdos se tornem sem sentido para os mesmos. Sendo assim, todas as nossas propostas para esses alunos tem objetivo de buscar essa relação.



 *Imagens disponíveis em: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/flexibilizac-o-das-leis-trabalhistas-requer-cautela-alertam-sindicalistas-1.117731 e http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/flexibilizac-o-das-leis-trabalhistas-requer-cautela-alertam-sindicalistas-1.117731

REFERÊNCIAS
BRAICK, Patrícia Ramos. História das Cavernas ao terceiro milênio. 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2006.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume único. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005. Volume único.
Era Vargas. Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiab/era-vargas.htm.
MARTINS, Heloísa H. T. de Souza. O Estado e a burocratização do sindicato no Brasil.
São Paulo: HUCITEC, 1978.
MUNAKATA, Kazumi. A Legislação trabalhista no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982.

Bolsista: Laís Maia

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A construção do mito sobre Tiradentes

A partir da supervisão e orientação da professora Sueli Saraiva, foi desenvolvida na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, uma atividade sobre o tema da Inconfidência Mineira com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Foi necessária a realização da atividade para que os alunos pudessem ter uma visão mais dinâmica e realista sobre a história do personagem central do movimento da Inconfidência. Além do que a atividade faz parte de um projeto que está sendo realizado pelos professores da Escola, intitulado a Inconfidência Mineira, que terá sua culminância no dia 23 de abril.
A atividade ocorreu com a duração de uma aula, tinha como ponto e objetivo central, trazer aos alunos uma consciência sobre o mártir e herói do movimento, que para além de sofredor punido pela coroa, Tiradentes foi sim uma grande representante que buscava assim como seus companheiros inconfidentes, uma ascensão social e valorização da política mineira. Foi levantando a partir do auxílio de um artigo sobre o imaginário do herói a seguinte questão: Era Tiradentes um herói ou representante político que também lutava em prol dos interesses pessoais? Em que momento da História houve a recuperação de sua memória enquanto mártir da Inconfidência?
Segundo Barallotti: ““ Tiradentes pode aparecer como Jesus Cristo (de barba e cabelos compridos) ou elegante e bonito em sua roupa de alferes. A imagem não importava, mas, sim, o ideal que Tiradentes representava e que a República queria alcançar.” ( BARALLOTTI,P.3)

Em seguida, foram apresentadas imagens aos alunos para que pudessem auxiliar a imagem de Tiradentes como alferes (cargo militar que ocupava no período), como mártir e herói assimilado a figura de Cristo:

Fonte:http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2009/09/tiradentes-o-homem-por-tras-do-mito.html

Fonte: http://www.historiadigital.org/curiosidades/15-curiosidades-sobre-tiradentes



Logo, após a apresentação de imagens fora falado também uma curiosidade sobre a cidade de Tiradentes, que fora resgatada como símbolo de homenagem ao herói no período da República, em que era necessário a criação de um novo herói da pátria, uma vez que a imagem de Dom Pedro I, estava associada a uma época de monarquia e ausência da modernidade. Com isso, 100 anos após a morte de Tiradentes a cidade então distrito de São João Del Rey, é renomeada para Tiradentes em homenagem ao inconfidente.  Foram apresentadas também imagens sobre a cidade e discutido rapidamente um pouco sobre a formação da cidade.


Fonte: http://www.historiabrasileira.com/biografias/tiradentes/


Logo, o principio inicial da atividade foi alcançado com sucesso, em que os alunos entenderam e participaram da aula, levantando questões como: “ Eu não imaginava Tiradentes assim, Tiradentes foi um herói ou não?, Quem e por que resgatou a memória de Tiradentes?”. Para a conclusão das atividades da bolsista junto com o auxilio da supervisora fora realizado no final da aula, um debate com os alunos sobre os mitos que eles conhecem na sua cidade. Fora uma troca de experiências entre os alunos, fazendo uma livre associação da teoria com a realidade escolar, aproximando assim os alunos com a disciplina.

Referencias Bibliográficas:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006. P. 80-89
BALLAROTTI, Carlos Roberto. A Construção do mito de Tiradentes:de mártir republicano a herói cívico na atualidade. Revista Antiteses, vol. 2, n. 3, jan.-jun. de 2009, p. 201-225.





                            PLANO DE AULA: Tiradentes e a construção do mito
                                                                Ariella Cardoso

Objetivo: O objetivo dessa aula é analisar a construção da imagem de Tiradentes no movimento da Inconfidência Mineira no século XVIII.
Objetivos específicos:
- Analisar quem foi Tiradentes e qual contexto político que se encontrava o Brasil no momento que sucumbiu a Inconfidência Mineira.
- Discutir imagens sobre a figura de Tiradentes, refletindo sobre a construção de um mito que relacionava a figura do mineiro ao herói e mártir.
- Explicar por que a cidade de Tiradentes foi homenageada com o nome do Inconfidente.
Metodologia: Aula expositiva com apresentação de imagens.
Recursos Utilizados: Quadro, giz, data show, computador.
Conteúdo e Abordagem:
No inicio da aula deve ser lembrado aos alunos rapidamente como ocorreu o movimento da Inconfidência Mineira.
Em seguida, passar através do auxilio do data show, o texto e as imagens relativas a construção do imaginário sobre Tiradentes, problematizando questões como: Por que Tiradentes foi associado a figura de herói? Qual era a posição social e o engajamento de Tiradentes com a política do período?
 “ Tiradentes pode aparecer como Jesus Cristo (de barba e cabelos compridos) ou elegante e bonito em sua roupa de alferes. A imagem não importava, mas, sim, o ideal que Tiradentes representava e que a República queria alcançar.” ( BARTTOLLI,P.3)
Com isso, analisar com os alunos em que momento político será resgatado a figura dele? No momento em que a república necessita da criação de um novo herói que sensibilizasse o povo, e apagasse a memória de Dom Pedro I, muito associada a uma mentalidade monárquica. Isso não significa porém que se apagaram os laços com a monárquica, mas pelo menos tentava se forjar uma unidade nacional. Sempre buscando através das perguntas a participação dos alunos em a relação a matéria que está sendo trabalhada em sala de aula.
Expor ao fim da aula, a construção da cidade de Tiradentes e sua relação com a figura de José da silva Xavier. Trabalhando algumas imagens da cidade que também são representações da arte barroca mineira.

Referencias Bibliográficas:
BRAICK, Patricia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2 edição, São Paulo. Moderna, 2006. P. 80-89
BALLAROTTI, Carlos Roberto. A Construção do mito de Tiradentes:de mártir republicano a herói cívico na atualidade. Revista Antiteses, vol. 2, n. 3, jan.-jun. de 2009, p. 201-225.

 Bolsista: Ariella Cardoso

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A História para os estudantes da Escola Estadual Effie Rolfs


Com o objetivo de conhecer as turmas do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Effie Rolfs que acompanharei ao longo do ano, pensei em um plano de trabalho diferente. Após assistir uma aula em cada uma das duas turmas, propus uma conversa com os estudantes onde debatemos entre outras coisas, sobre a sociedade em que vivem. Aos poucos, sempre direcionava a discussão para temas que já foram ou serão trabalhados com a turma.
Após essa conversa, distribui um questionário para os estudantes que continha seis questões, que a primeira vista parecem ser muito simples, essa era a ideia. Eu almejava respostas simples, que não demandassem necessariamente conhecimentos específicos, mas somente aquilo que realmente acreditavam ser a História, se é importante estuda-la, conhecê-la, o que facilitava e/ou dificultava o aprendizado, entre outros.
As respostas obtidas com esse questionário serviram como um termômetro de como a turma está e mais importante que isso, serviram-me de base para ir de encontro com os estudantes naquilo que eles precisam e esperam. Além de aproveitá-los também na elaboração das atividades e das abordagens que utilizarei durante as aulas.

Para uma melhor compreensão, as respostas semelhantes e/ou iguais de cada questão foram agrupadas.











Bolsista: Daniela Nalon

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Escola Raul de Leoni, promove feira do conhecimento, como outra alternativa para avaliação estudantil



         A Escola Estadual Raul de Leoni, promoveu a Feira do Conhecimento, com o objetivo de proporcionar aos alunos novas perspectivas de aprendizagem e uma dinâmica diferenciada da tradicional sala de aula, forma utilizada para a complementação da avaliação do último bimestre do ano, na qual os alunos teriam que produzir algo que achassem interessante, juntamente com os professores, sendo seus trabalhos expostos no dia 06 de dezembro de 2013. A atividade contou com regras as quais os alunos deveriam seguir para conseguir alcançar os pontos máximos, como: Ajudar a arrumar e montar o ambiente que ocorreria a apresentação, dar explicações aos possíveis avaliadores, sendo os estudantes responsáveis por saber sobre o trabalho, como este foi feito, quais os objetivos, apresentando também para as pessoas que estivessem lá e gostariam de obter informações, sendo no final encarregados de guardar tudo que foi utilizado durante o evento. Já que tudo isso faria parte da nota final da avaliação.
Feira do conhecimento na escola Raul de Leoni

            A preparação da feira ocorreu com bastante antecedência, englobando o período do último bimestre no qual os professores foram designados para cada sala juntamente com os alunos e tinham que produzir banners que mostrassem o tema escolhido, tais como curiosidades ou a história de algo que tivesse relação com a área do professor, podendo levar no dia materiais para complementar a sua apresentação. A professora supervisora do Pibid História Fatima Freitas, ficou responsável em retratar a História da Escola Raul de Leoni, trabalho associado ao projeto de patrimônio que já vinha sendo desenvolvido no colégio desde o começo do ano “História, Memória e Representações Sociais do Município de Viçosa: Possíveis Diálogos entre o passado e o presente” e juntamente com outros professores orientou a produção do 10ano, sala 106 a qual contou também com o trabalho de todos os bolsistas. Os bolsistas foram divididos para que pesquisassem assuntos relacionados a escola, como informações sobre a sua fundação, diretores, número de alunos ao longo dos anos, gráficos que mostraram algumas características dela desde a sua fundação e fotos que retrataram o antes e o depois da reforma que houve no ano de 2012.
            Todos os bolsistas trabalharam juntos em torno da turma, para a qual a professora foi designada, contribuindo para o enriquecimento dos dados da escola. A turma 106 ficou também responsável em produzir uma maquete que representasse a escola, os bolsistas abordaram uma pesquisa mais aprofundada do colégio, ajudando na produção do banner juntamente com a maquete, sendo que os trabalhos foram feitos em sala pelos estudantes, visando abordar no trabalho a visão que eles tinham da escola, tendo a liberdade para montar. Foram expostos alguns pontos de vista sobre a escola no passado e presente, abordando as diferenças existentes e ainda associando ao trabalho sobre patrimônio feito no meio do ano, utilizando de conceitos trabalhados neste.
O trabalho apresentado pelo 10ano contou com três banners, nos quais, o primeiro abordava a História da escola Raul de Leoni, apresentando as questões sobre a justificativa do nome, quem foi Raul de Leoni e sua estrutura atual, o segundo foi um complemento que incluía fotos da escola durante a reforma de 2012 e fotos atuais, seguido de gráficos bianual da quantidade de alunos feito pela professora de matemática que trabalhou conosco e o terceiro apresentou o trabalho que o subprojeto do Pibid de História, vem produzindo na escola desde a sua implantação, seguido das maquetes feitas em sala de aula. A feira também estimulou veias artísticas dos alunos, permitindo que esses fizessem apresentações de dança ou até culinária, contando com a presença do coordenador do Pibid Historia Fábio Hering.

Alunos do 10 ano da escola Raul de Leoni

 
Bolsistas do Pibid no Evento

             A Feira permitiu uma maior dinâmica na aprendizagem dos alunos, estimulando-os na produção do conhecimento de maneira mais participativa, pois todos de certa forma teriam que se envolver e ajudar na preparação. Dando uma maior amplitude quanto aos temas e envolvendo todas as áreas do conhecimento. A interação da parte de todos foi muito positiva, pois poucos alunos não participaram, havendo grande interesse e empenho principalmente quanto ao domínio do assunto, pois haviam avaliadores que faziam perguntas relacionadas ao trabalho de cada um. Essa forma de avaliação aproxima mais os alunos, ensinando-os a conviver em grupo, respeitar a opinião dos outros e levar em consideração ideias diferentes da sua. Mostrando que o conhecimento se constrói diante de vários pontos de vista. Foi possível que a partir desse trabalho fosse apresentada um pouco da História da Escola Raul de Leoni e como ela vem se desenvolvendo ao longo do tempo. A feira permitiu o trabalho mutuo que também propiciou conhecimento associado a itens mais próximos dos alunos, para melhorar o seu entendimento.






Bibliografia
1-LE GOFF, Jacques. "A Nova História". In: LE GOFF, Jacques. A Nova História. 5ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
2-APOLINARIA, Maria Raquel. Projeto Araribá: história; Editora; 2 0.ed- São Paulo: Moderna ,2007


Bolsistas: Cristiele de Oliveira, Bruna Barbosa, Cecília Carmanini, Iglia Martins, Kevin Lucas, Laís Maia, Thamyres Alves.